Paulo Jorge dos Santos Futre, 56 anos de uma vida bem vivida. Esquerdino kamikaze, devorador de laterais tenrinhos ou durinhos, ele não era esquisito.
Campeão da Europa pelo FC Porto e Bola de Prata em 1987, herói eterno do Atlético Madrid, menino rebelde do senhor Aurélio Pereira.
Futre chega de boné à Atleti, fato de treino e casaco puxado até às orelhas. «É para não me reconhecerem, todos sabem quem sou aqui no Porto. Adoro esta malta de cá.»
O Thinking Football Summit é só sorrisos com ele, um dos mais geniais de sempre do futebol português, europeu e mundial.
Pela Seleção Nacional, sete golos em 41 jogos, três deles no Mundial de 1986, do México e de Saltillo.
A conversa com o zerozero começa por aí, de caderneta na mão e uma memória afiadíssima. Mas Futre vai por lá fora, incontrolável.
«Eh pá, adoro o zerozero, uma bíblia, tem tudo. Só falta uma coisa: o número de penáltis sofrido por mim. Arranjem lá isso, Ruizinho [Tovar].»
Tenrinhos, tenrinhos? Nós, os jornalistas, claro.
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