É figura de proa do PSG, da seleção francesa e está de novo às portas de uma fase final de um Mundial, depois de ter contribuindo para a conquista do de 2018. Porém, o craque francês revelou, em entrevista concedida ao Sports Ilustrated, que nem sempre esteve em estado de graça ao representar o seu país.
«Pensei: "Não posso jogar para gente que pensa que sou um macaco". Não vou jogar mais», revelou, depois de recordar os insultos racistas de que foi alvo, após falhar a cobrança que eliminou a sua seleção do Europeu, diante da Suíça.
«Refleti com a gente que tenho comigo e isso incentivou-me a continuar. Desistir não era uma boa mensagem porque sou exemplo para muita gente», garantiu, prosseguindo com os motivos adicionais que o fizeram permanecer.
«Esta é uma França nova, por isso não renunciei. Era uma boa mensagem para os mais jovens dizerem: "Somos mais fortes que tudo o resto"», detalhou.
Sobre a presença no primeiro e (ainda) único Mundial da carreira, o internacional gaulês confessou ter sentido mudanças radicais, após a participação: «Mudou-me a vida. Já era famoso antes, mas depois do Mundial foi uma loucura. Levei algum tempo a saber manter a calma»
A finalizar, Mbappé comentou a badalada, mas gorada saída do Paris SG, que não se veio a concretizar, por meio da influência de Emmanuel Macron: «Tivemos várias chamadas. Em dezembro, janeiro, fevereiro, março... Macron chamou-me e disse-me: "Sei que queres ir, mas quero que saibas que és importante para a França e não gostava que fosses. Tens a oportunidade de fazer história aqui. Toda a gente te quer".»