Adivinhem? Foi de remontada... outra vez

Portugal venceu a Bielorrússia no primeiro jogo do grupo 4 da qualificação europeia para o Mundial de 2024. O resultado final foi 5-3, mas Portugal saiu para o intervalo a perder por 1-2, depois de ter estado a perder por 0-2.

Primeira parte nervosa, em que faltou muito pragmatismo, mas uma segunda parte de massacre por parte da Seleção Nacional. É a nossa sina, sofrer para vencer.

Surpresa? Só para quem não viu

A Bielorrússia entrou aguerrida, conseguindo três remates logo nos primeiros instantes de golo. Portugal acabou por pegar no jogo e aproximar-se da baliza contrária.

Poderia ter sido o início de um domínio da seleção teoricamente superior, só que não foi bem… Portugal tinha mais posse e instalava-se no meio campo bielorrusso, mas os adversários não se mostravam desconfortáveis, e aproveitaram um contra-ataque para se adiantarem no marcador.

Portugal – inteiro – ficou a achar que a bola saiu pela linha lateral, mas a equipa de arbitragem mandou seguir, e o esférico acabou desviado por Andrei Semianiuk na cara de André Sousa, aos 7’.

Portugal nem teve tempo de reagir, por no minuto seguinte os bielorrussos voltaram a marcar, desta feita por Artsiom Zuyenak. Mais um contra-ataque, e novo balde de água gelada.

Não estava fácil a vida de Portugal, que rematava muito, mas de meia distância e sem assustar por aí além a Bielorrússia. Os visitantes ficaram tapados aos 9’, mas só no último minuto Portugal beneficiou de um livre de 10 metros.

Antes disso, Erick, de meia distância, conseguiu quebrar a resistência adversária, aos 13’. Faltava pragmatismo a Portugal, que parecia acusar o peso da responsabilidade. Em cima do intervalo, Bruno Coelho teve nos pés a oportunidade do empate, mas desperdiçou o livre de 10 metros, atirando pelo meio para defesa de Luksha.

Tinha que dar!

No segundo tempo, Portugal correu atrás do prejuízo. A Bielorrússia conseguiu assustar e rematar com perigo nos instantes iniciais, mas Portugal tratou de se impor, puxar do galões, e encostar completamente os bielorrussos ao seu reduto defensivo.

Tantas vezes o cântaro vai à fonte, até que, finalmente, Portugal chegou ao empate, num desvio oportuno de João Matos na sequência de uma bola parada, aos 33’.

O golo desbloqueou em definitivo o poderio ofensivo português, e aos 35’ Zicky – quem mais havia de ser? – confirmou a cambalhota no marcador com um toque de magia. No minuto seguinte, Neves contemporizou na perfeição e serviu Pany para o quarto.

Aos 39’, o próprio Neves inscreveu o seu nome na lista de marcadores, e o jogo parecia feito. Mas a Bielorrússia não se ficou – até porque os melhores segundos classificados de cada grupo também se apuraram diretamente para a próxima fase – e apostou no 5x4+GR. Demorou praticamente um minuto, mas os bielorrussos encontraram o espaço necessário para reduzir, fazendo o 5-3 final a três segundos da buzina.

Na próxima terça-feira, Portugal joga em Kaunas frente à Lituânia.