Os destaques do jogo em Guimarães, onde o Vitória empatou o Benfica
É médio defensivo, mas, neste novo desenho, tem jogado a central. E que bem o fez - mesmo não tendo 190cms. Ainda não tem o melhor rigor em algumas situações, mas o coração que apresenta serve para compensar algumas debilidades que aconteçam aqui e ali. Foi um dos grandes responsáveis pela incapacidade do Benfica pelo corredor e foi tratando de anular quem por lá se aventurava. Rafa ficou pelos cabelos e não foi o único.
São muitos jovens e não é fácil para Moreno, mas a tarefa fica bastante mais simples quando há jogadores experientes e sábios como o médio. Com André André, fechou todos os espaços a Enzo, que nunca conseguiu progredir com bola, e quase nunca deu espaço para o jogo entre-linhas. Depois, ainda foi bastante importante nas idas à frente, como responsável pelas bolas paradas. O golo podia ter aparecido, só que Rui Costa voltou atrás com a decisão da grande penalidade, que ia ser batida por Tiago Silva.
Que belo jogo de Afonso Freitas. Já tinha sido titular, contra o Casa Pia, mas não deixou de ser a maior surpresa de Moreno. E que bela surpresa! Nem Bah, nem mesmo Neres tiveram grandes hipóteses com o português, que os levou a ambos no bolso para casa. Pena não ter podido acabar o jogo, por questões físicas, o que é normal num jogo desta exigência. Mas, deste modo, pode muito bem passar a ser o dono do lugar.
Mais um jogo, mais uma nota muito positiva para o central português de 30... perdão, de 18 anos. Otamendi nem sempre esteve acertado, mas António Silva tratou das dele e das do colega, sempre muito seguro e com boa agressividade. A concorrência vai crescendo com as recuperações de João Victor e Lucas Veríssimo, também com Morato a melhorar, mas não vai ser fácil a qualquer um deles tirar o lugar ao português, que tanto tem crescido.
Não esteve tão acertado defensivamente como Afonso Freitas do outro lado (até porque a inspiração de Grimaldo não foi bem a mesma de Bah), mas foi mais corajoso em termos ofensivos. Teve vários bons apontamentos nesse capítulo, com acelerações que deixaram as águias em dificuldades. E, apesar do que escrevemos atrás, não deixou de ter mérito defensivo, nomeadamente no apagão de João Mário, que colecionou más ações.
David Neres é dos maiores desequilibradores e, ao contrário da maioria dos seus colegas de ataque, nem sequer teve o desgaste das seleções. Fez-lhe mal, pelos vistos, ou então já estará com o foco na Liga dos Campeões. Desinspirado e completamente fora do que a equipa precisava, tendo em conta a necessidade de explorar por fora o espaço que não existia no meio.
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