E quase do nada... eis que Portugal está a uma vitória de ganhar o terceiro título no espaço de um ano. Depois de eliminar o Paraguai nas meias-finais, os campeões do mundo e da Europa vão ter pela frente uma seleção que foi, durante muitos anos, a grande besta negra e que agora... teve o feitiço a virar.
Se é demasiado cedo para festejar o facto de jogarmos com a Espanha, que apesar da crise de títulos, continua a ser uma das melhores do mundo? Talvez. Mas os últimos meses e três jogos oficiais contra Nuestros Hermanos dão-nos essa margem histórica que, naturalmente, também carrega um pesado fardo de responsabilidade. Está um título - inédito ainda por cima - em disputa e há dois escudos para defender.
Recheada de talento em fase de reformulação, a equipa de Fede Vidal já não conta com muitos dos nomes míticos que dominaram a Europa na última década, mas outros surgiram para assumir o papel com irreverência e mestria. É, no fundo, um misto que exige respeito e todo o cuidado por parte de uma super confiante seleção de Jorge Braz... faminta por ainda mais títulos.
Em termos de Federação, esta vai ser a quinta final nos últimos 12 meses para Portugal (AA masculinos, AA femininos e sub-19 femininos), sendo este o melhor momento da modalidade no nosso país. Em Buenos Aires, no Parque Roca, pode escrever-se mais um capítulo histórico e épico do futsal português. Contra uma seleção que viu o seu feitiço virar-se... contra o feiticeiro.
A final: «Ganhámos a oportunidade de voltar a estar numa final e de vencer um título. Agora queremos esse título, é o próximo passo para finalizar isto como queremos e como perspetivávamos que seria possível. Mais uma vez estamos na lutar por levar um novo troféu para a federação»
O grupo: «Temos criado estas oportunidades de forma clara pela competência, pelo que tem sido desenvolvido. Só tem sentido andar aqui quando queremos sempre mais. Ainda por cima, esta competição é nova, é a primeira vez. Isso estimula-nos muito para dar tudo para conquistar este título»
Se queremos mais e ambicionamos mais títulos, no nosso processo também temos de ter sempre algo mais. Não tenho dúvidas de que será uma final extremamente competitiva. Já nos conhecemos muito bem. Temos de ser Portugal. Uma coisa é certa, vamos querer muito ser nós. Se assim for, temos possibilidades de vencer mais este troféu»
A Espanha: «Cada jogo é uma história diferente. Atenção, Espanha nunca deixou de ser Espanha. As seleções que aqui estão são de top mundial. Nós atingimos esse patamar, mas estas equipas nunca deixaram de ter qualidade. Espanha tudo fará para inverter este momento e esta última tendência de Portugal. Nós estamos cá para impedir que isso aconteça, tendo claro que teremos de acrescentar e melhorar tudo o que temos feito até aqui»
1-1 (2-4 g.p.) | ||
Miguel Mellado 19' | Afonso Jesus 28' |
«Este jogo vai ter muito de gestão emocional, de perceber a sequência que o jogo vai ter. Certamente, Espanha terá os seus momentos, nós teremos os nossos. Será uma final muito equilibrada, de certeza. Espanha quererá certamente inverter o que tem acontecido nas últimas vezes. Queremos manter tudo o que de bom temos e acrescentar ainda algo mais»
«Será um jogo muito complicado, com uma exigência máxima a nível competitivo. Não podemos errar. Se em todas as finais jogamos ao pormenor, numa final com equipas como Portugal sabemos tudo uns dos outros. A chave é manter um elevado nível competitivo por 40 minutos . Há dificuldades no desenvolvimento do jogo e o aspeto competitivo vai ser fundamental. Vai ser fundamental entrar bem na quadra e chegar à liderança.»
qSerá um jogo muito complicado, com uma exigência máxima a nível competitivo. Não podemos errar. Se em todas as finais jogamos ao pormenor, numa final com equipas como Portugal sabemos tudo uns dos outros. A chave é manter um elevado nível competitivo por 40 minutos . Há dificuldades no desenvolvimento do jogo e o aspeto competitivo vai ser fundamental. Vai ser fundamental entrar bem na quadra e chegar à liderança Fede Vidal, Selecionador de Espanha | qCertamente, Espanha terá os seus momentos, nós teremos os nossos. Será uma final muito equilibrada, de certeza. Espanha quererá certamente inverter o que tem acontecido nas últimas vezes. Queremos manter tudo o que de bom temos e acrescentar ainda algo mais. Se queremos mais e ambicionamos mais títulos, no nosso processo também temos de ter sempre algo mais. Não tenho dúvidas de que será uma final extremamente competitiva. Já nos conhecemos muito bem. Temos de ser Portugal. Uma coisa é certa, vamos querer muito ser nós. Se assim for, temos possibilidades de vencer mais este troféu Jorge Braz, Selecionador de Portugal |