A cola que une o coletivo

André Horta andou à vontade no meio-campo e isso deve-se muito à exibição de Al Musrati. Completamente dominador, o médio líbio controlou o miolo praticamente sozinho e sempre com um longo raio de ação. Além das recuperações, interceções e duelos que foi ganhando ao longo da partida, também se destacou no capítulo do passe. Numa palavra: dominante!

Voltou a marcar de penálti e deu tranquilidade à equipa bracarense, mas a exibição não se resume só ao golo da marca dos 11 metros. O capitão guiou a equipa nos momentos de ataque e obrigou Diawara a uma grande intervenção na primeira parte. Apareceu muitas vezes no corredor central, onde a sua inteligência foi fazendo a diferença.

O jovem formado no SC Braga fez esta tarde os primeiros minutos da temporada e pode ficar satisfeito com o seu rendimento. Além do golo apontado em grande estilo, esteve a bom nível na defesa e lidou bem com a capacidade física do adversário, numa prova que, do ponto de vista individual, até tinha deixado algumas notas negativas na época passada. Para crescer com paciência.

Numa equipa que foi massacrada defensivamente, a experiência de Niklas Moisander fez-se sentir. O defesa central, que passou por AZ Alkmaar, Ajax, Sampdoria e ainda Werder Bremen, destacou-se pela capacidade posicional e pela inteligência a dobrar os colegas de defesa. A este nível, a experiência faz diferença e Moisander mostrou isso com uma exibição para os colegas tirarem notas.

Havia expetativa para ver o mexicano pela primeira vez no onze inicial, mas a primeira amostra não foi totalmente convincente. Na primeira parte notou-se a vontade de estar envolvido no jogo, mas as ações do mexicano acabaram por ser inconsequentes. No segundo tempo acabou por desaparecer por completo e foi substituído. Precisa de mais jogos como este para crescer.

Pela direita, Beijmo não conseguiu lidar com os movimentos interiores de Horta, nem com a procura da profundidade de Sequeira, acabando várias vezes por ser ultrapassado sem que conseguisse dar luta. Ofensivamente foi curto, não só no capítulo do drible, mas também no capítulo do passe.