Muitos milhões, muita experiência, pouca frescura e acutilância

A vida não tem andado muito famosa para o bicampeão sueco. Conquistou a Taça da Suécia, garantiu o acesso à fase de grupos da Liga Europa, mas no Campeonato, o Malmo FF ocupa um modesto sétimo lugar.

Este facto surpreende mais se olharmos para o facto que nos diz que o gigante sueco tem, de longe, o maior orçamento do futebol sueco, superior a 40 milhões de euros. Além disso, a contribuição dos nomes caros e dispendiosos que integram o seu elenco também estaestá aquém do expectável.

Menos surpreendente e típica destes cenários negativos é a instabilidade que se tem vivido no leme. Depois de Milos Milojevic e do interino Andreas Georgson, chegou ao comando técnico o experiente Age Hareide, com vasta experiência no futebol escandinavo, que contemplaram dois anos em Malmo (2014 e 2015).

Muita experiência, pouca agitação

Em termos táticos, o Malmo FF tem atuado maioritariamente em 4x3x3, sistema no qual deve continuar. Olhando para o histórico recente do treinador de 68 anos, esse foi o desenho que utilizou recentemente no Rosenborg, contudo variou em 3x4x3 quando esteve ao serviço da seleção dinamarquesa.

Olhando para o elenco, que sofreu algumas mudanças, é possível vislumbrar nomes com peso e experiência. Consequentemente, o emblema nórdico é uma equipa de equilíbrios e organização, optando por não se expor a transições rápidas (sobretudo defensivas), para as quais pode não haver pernas para acompanhar.

©Malmo FF

No ataque, Kiese Thelin apresenta-se como o goleador de serviço e o elemento mais constante. A sua alternativa é Ola Toivonen, um jogador menos móvel e mais referência de área. O reforço veloz Buya Turay, Joseph Ceesay, Jo Berget e Patriot Sejdiu são outras das figuras que costumam acompanhar o artilheiro da equipa.