Quem faz de Matheus Nunes no Clássico? Analisámos quatro opções

A entrada do japonês no onze é a escolha mais natural para ocupar o lugar de Matheus Nunes, pelo menos na teoria. Na prática, a situação vai ser diferente daquela que tem sido habitual com Rúben Amorim.

Com Ugarte ao lado, Morita pode alternar com o uruguaio entre a posição de «seis» e de «oito», algo que chegou a acontecer na pré-época. O japonês foi titular no primeiro jogo da temporada e a sua intensidade, leitura de jogo e capacidade com bola podem ser importantes para que o Sporting consiga equilibrar a luta no meio-campo frente a um FC Porto que recua Taremi ou junta Otávio à dupla de médios.

Apesar desta alternância, é expectável que o ex-Santa Clara passe mais vezes pela posição de médio mais recuado, não só nos momentos defensivos, como nos ofensivos, procurando a bola junto dos defesas para ajudar a construir, algo que já fazia nos Açores.

Se escrevemos sobre Morita, também temos de escrever sobre Ugarte, até porque o uruguaio é mesmo a escolha mais provável para fazer o papel de Matheus Nunes neste jogo no Dragão.

Apesar de ter sido utilizado sempre como um médio mais recuado no Sporting, o ex-Famalicão sempre foi um jogador com um raio de ação longo e que, tal como Matheus, aparece em zonas de finalização.

Quando veio para Portugal, chegou como um «seis», mas no Famalicão de Ivo Vieira jogava com maior liberdade no miolo e a verdade é que convenceu, com boas exibições e golos que, em meia época, levaram o Sporting a apostar na sua contratação (recorde aqui a análise do zerozero).

Se a ideia é perceber quem pode fazer o papel de Matheus Nunes a longo prazo, Mateus Fernandes é um excelente nome (literalmente) para substituir o agora jogador do Wolverhampton, mas se olharmos para o jogo com o Dragão essa dificilmente será a opção inicial de Rúben Amorim.

Apesar dos bons indicadores que o jovem de 18 anos mostrou na pré-época e que já vinha evidenciando ao longo dos últimos anos, nas equipas de formação dos leões, será certamente arriscado estrear Mateus Fernandes num jogo destes, no Estádio do Dragão.

O médio tem claramente margem para crescer e além do nome, tem algumas características em comum com Matheus Nunes. Só que, tal como o nome, também tem aspetos que os diferem. Com o jovem de 18 anos, há menos físico, mas uma maior capacidade de desequilíbrio no passe. 

Por fim, Pedro Gonçalves. Entre os nomes falados, o de Pedro Gonçalves não tem merecido tanta atenção, mas a verdade é que as raízes do internacional português foram criadas no meio-campo.

Com Rúben Amorim, «Pote» foi sempre mais avançado do que médio, mas o próprio técnico já destacou a polivalência do jogador para explicar que a opção para certos jogos pode passar por recuar Pedro Gonçalves para o miolo.

No jogo com o FC Porto, essa pode ser uma opção a ter em conta. Nuno Santos é um jogador em quem Rúben Amorim aposta várias vezes em Clássicos e pode ocupar a posição de extremo esquerdo, desde que Matheus Reis continue como ala. No meio-campo, juntar-se-iam Ugarte e Pedro Gonçalves.