Vitória expressiva do Portimonense no fecho da segunda jornada da Liga Portugal bwi. Num encontro marcado por uma expulsão cedo no lado da casa, os comandados de Paulo Sérgio tiveram problemas em alguns momentos na partida, mas na reta final dispararam para uma vitória por 0-3 em Paços de Ferreira.
Jogo difícil de analisar para César Peixoto. A sua equipa lutou bastante em inferioridade numérica, apesar de ter cedido nos últimos minutos. Ainda sem pontos conquistados, a necessidade de trabalho é grande na Capital do Móvel, com alguns reforços ainda longe do que podem oferecer.
Numa mudança em relação a Barcelos, os Castores atuaram num 4x2x3x1, enquanto Paulo Sérgio apostou em Diaby no regresso do médio à sua anterior casa. Os visitantes entraram com agressividade na partida e o Paços de Ferreira teve problemas para estabilizar, com a tarefa no jogo para os comandados de César Peixoto a ficar muito difícil após uma expulsão.
Gaitán sentiu dor e saiu cedo para dar lugar a Uilton Silva, que poucos minutos esteve em campo até acabar expulso, numa entrada dura que retirou Anderson Oliveira da partida. Após consultar as imagens do VAR, o juiz João Pinheiro mostrou corretamente o cartão vermelho ao atleta pacense, bastante abatido e que até foi consolado por adversários.
O Paços de Ferreira até pareceu reagir bem a este momento e estava a conseguir equilibrar o jogo, no entanto, o golo do Portimonense deu mais um golpe duro nos homens da casa. Yago Cariello respondeu da melhor forma a um cruzamento de Pedro Sá e abriu o ativo, com o avançado a confirmar a veia goleadora que revelou na edição inaugural da Liga 3.
Até ao descanso, os algarvios foram donos do jogo e tiveram momentos para aumentar a vantagem. Desafio complicado para César Peixoto tentar reanimar a sua equipa ao intervalo, que acabou por conseguir. Mais intenso, o Paços de Ferreira conseguiu durante grandes momentos da segunda parte equilibrar, mas foi traído pela ambição na reta final.
Sem contar com um bola ao poste de Welinton Júnior, o Portimonense teve problemas para ter bola mesmo em superioridade numérica. Muito em esforço, os homens da casa até conseguiram levar várias vezes a bola a zonas de finalização, com a falta de forças normal na definição de jogadas. Matchoi Djaló destacou-se como principal agitador.
Já na fase do desespero e com uma grande carga física ainda cedo na época, o Paços de Ferreira cedeu. Em lance rápido, Ewerton serviu Luquinha para o 0-2, com o mesmo Ewerton a faturar minutos mais tarde. Um desfecho duro para os comandados de César Peixoto, que não tiveram capacidade para escalar uma bastante difícil montanha.
O Portimonense não teve muita bola no meio-campo adversário, porém, quando conseguiu chegar a zonas de ataque criou quase sempre perigo. Boa definição no último passe e qualidade na finalização alavancaram bastante a construção do resultado, mais facilitada pela expulsão.
Notou-se rapidamente pela reação de Uilton Silva que não existiu intenção de magoar o adversário, mas a entrada imprudente do brasileiro poucos minutos após a sua entrada no jogo definiu muito do que foi esta noite em Paços de Ferreira. Um erro grave de um atleta, por norma, concentrado nas suas tarefas.
Teve capacidade para gerir a tensão, natural após a expulsão cedo no jogo. Sem grandes erros, acaba por realizar uma partida positiva, mesmo com alguns ânimos quentes entre atletas.