Em Vila das Aves ainda se vivem as consequências do processo de insolvência da antiga SAD do clube. O troféu da Taça de Portugal conquistada em 2017/18 está neste momento num processo de venda através de leilão, num processo gerido pelo Tribunal Judicial da Comarca do Porto.
Com um valor de abertura de licitação colocado em 800 euros, o leilão tem como data limite o dia 4 do próximo mês de outubro. A decisão foi recebida com alguma surpresa pela atual direção do CD Aves 1930, que vai estudar possibilidades de tentar recuperar este troféu marcante na história dos Avenses.
«Infelizmente é uma consequência do processo de insolvência da SAD. Apenas recentemente descobrimos que o troféu está em processo de venda e vamos reunir para tentar encontrar forma de o conseguir recuperar», revelou Vera Gonçalves, atual vice-presidente do CD Aves 1930, ao zerozero.
Para manter o clube ´vivo` enquanto o processo ligado à antiga SAD decorre nos tribunais, foi criado em 2020 o CD Aves 1930, que neste momento prepara a participação na Divisão de Honra da Associação de Futebol do Porto. A esperança em recuperar o nome e o legado do ´antigo emblema` continua, contudo, viva nos adeptos e dirigentes Avenses.
«Era preciso garantir que o CD Aves continuasse vivo e essa foi a forma encontrada, pois o processo ainda vai demorar nos tribunais. O estádio é património do clube e não está em risco. A esperança não morreu de lutar por recuperar a designação antiga do clube», confessou a vice-presidente.
Atualmente, o CD Aves vive também um impasse diretivo, que já levou a Assembleia Geral do clube a adiar a data das eleições em vários momentos, com novo prazo para a apresentação de listas a ter como data limite 24 de agosto. Vera Gonçalves deixou o apelo à participação e disponibilidade dos sócios para integrarem candidaturas.
«Ninguém vai abandonar o clube e a comissão de gestão está responsável. Estamos a tentar envolver mais pessoas para darem o seu contributo. Caso não apareçam listas, a decisão é da Assembleia Geral», garantiu.