Trocou o SC Braga pelo Al Wahda, mas Carlos Carvalhal mantém o futebol português em mente, como o treinador de 56 anos deixou claro em entrevista aos espanhóis da Radio Marca.
«As pessoas gostam do clube e não do futebol, é um problema em Portugal. A centralização dos direitos televisivos ainda não é uma realidade. Há uma distância entre Benfica, FC Porto e Sporting para as outras equipas. Não há surpresas. O SC Braga tem vindo a aproximar-se dos três clubes, mas enquanto não houver essa revolução, Portugal será sempre um campeonato de sobrevivência», atirou, antes de abordar os motivos que o levaram para os EAU.
«O clube que nos contratou fez muita força para irmos, aceitou o desafio de apenas um ano. Na Europa havia situações interessantes, mas queriam dois ou três anos», explicou, antes de referir propostas em Espanha: «Estive em conversações com um clube, mas não houve um desfecho positivo. Estávamos muito ilusionados com essa possibilidade. Espanha tem uma liga muito importante, esperava ter possibilidade de dar esse passo importante. Estava muito perto, mas algo falhou. Veremos se no futuro se vai concretizar», disse, falando também de oportunidades para um regresso a Inglaterra (Championship).
Carvalhal já contava com os compatriotas Adrien Silva e Fábio Martins em Abu Dhabi, mas entretanto recebeu outro reforço luso: Pizzi.
«Vem com muita vontade e tem muita experiência. Foi capitão do Benfica, com muitos golos e assistências. Creio que vamos ter uma equipa forte para disputar todas as competições», atirou.