Nelly Rodrigues, internacional portuguesa Sub-17, Sub-19 e Sub-23, estreou-se recentemente pela equipa principal do Paris SG. A jovem defesa de 19 anos, nascida em França, mas filha de pais portugueses, viu o seu trabalho recompensado na reta final da temporada que terminou com o título de campeão nas mãos do Lyon.
No passado dia 1 de junho, a jovem defesa somou os seus primeiros 23 minutos no principal escalão do futebol francês. Com as contas do título já arrumadas, Nelly foi opção diante do Stade de Reims. O resultado acabou por não ser o melhor (1-0), mas este foi um dia que Nelly não esquecerá tão cedo.
Em conversa com o zerozero, a jovem jogadora que está nas camadas jovens do Paris SG desde os 15 anos, fez o balanço desta época que dividiu entre as Sub-19 e as séniores.
«É bastante positivo, apesar de termos ficado em segundo lugar no Campeonato Sub-19. É verdade que ficámos frustradas porque o Lyon terminou na frente, mas não desistimos e mantivemos a cabeça erguida até ao final. Tive a sorte de conhecer novas colegas e criámos um grupo incrível. Era a capitã e diverti-me imenso», começou por dizer ao nosso site.
Relativamente à estreia na equipa principal, e depois de uma época em que o Paris SG não conseguiu revalidar o título francês, mas alcançou as meias-finais da Liga dos Campeões, Nelly mostrou-se muito feliz por ter tido a oportunidade de trabalhar com as jogadoras profissionais.
Quanto ao futuro, esse é ainda um segredo bem guardado. Aos 19 anos, Nelly ainda não tem contrato um contrato profissional e, por isso, esse é o próximo passo: «Os planos para a próxima época são diferentes, mas os meus objetivos mantêm-se. Quero assinar um contrato profissional e continuar a prosperar no futebol, sem descurar os estudos», acrescentou.
Chamada pela primeira vez à seleção em janeiro de 2020, Nelly estreou-se por Portugal ao serviço das Sub-17, frente à Suíça (1-1). Dois anos depois, e após um período marcado por poucos jogos devido às contingências da Covid-19, Nelly conta já com 17 internacionalizações: cinco nas Sub-17, 11 nas Sub-19 e ainda com uma nas Sub-23.
Ao zerozero, a jovem que nasceu em França não esconde a importância das raízes portuguesas, com origem em Mortágua:
«São sensações que só podemos ter quando as vivemos e estou muito feliz por já ter tido a oportunidade de o fazer várias vezes. O facto de jogar por um país e representá-lo é algo que muitas pessoas gostariam e fazer, por isso, é para mim uma honra poder fazê-lo ao serviço de Portugal», concluiu a jovem defesa portuguesa.