Os destaques da final da Liga dos Campeões entre Liverpool e Real Madrid, que terminou com vitória merengue por 0-1. Os espanhóis venceram a Liga dos Campeões pela 14.ª vez na história do clube.
Há jogos e jogos, e se há jogo em que vale a pena fazer a exibição de uma vida, a final da Liga dos Campeões parece ser o jogo ideal. Thibaut Courtois já teve várias boas exibições ao longo da carreira, mas o que fez esta noite no Stade de France vai ficar para a história. Uma exibição monumental, com várias defesas que seriam o highlight da carreira da maioria dos guarda-redes e que foi fundamental para que o Real Madrid vencesse mais uma Liga dos Campeões.
Quando chegou ao Real Madrid era um jovem entusiasmante, capaz de quebrar os rins de qualquer defesa, mas também era inconsequente. Vinícius melhorou imenso nas mãos de Ancelotti e coroou uma época em que foi dos melhores jovens na Europa com o golo decisivo no Stade de France. O jogo espelha na perfeição o crescimento do brasileiro ao longo da temporada.
Não foi muito aventureiro no ataque, até porque não era essa a ideia, mas defensivamente esteve irrepreensível. Sempre muito competitivo, ganhou praticamente todos os duelos que travou com jogadores do Liverpool, muito pela forma como se entregou ao jogo. Com Luis Díaz pela frente na maioria da partida, foi mais do que notória a diferença de experiência entre os dois.
Assustou quando deixou o aquecimento mais cedo, mas tranquilizou os adeptos do Liverpool quando regressou para aquele que seria o aquecimento 2.0. O tempo extra fez-lhe bem e o espanhol entrou em campo com a «frescura de uma alface.» Cirúrgico na forma como tratou a bola, teve muito mérito no melhor período do Liverpool.
O meio-campo do Real Madrid mostra-nos que não são aqueles que correm mais e mais rápido que ganham jogos e competições. Kroos é o espelho disso mesmo. Sempre no sítio certo, jogou simples e bem para que outros conseguissem encontrar os espaços certos para fazer a diferença porque no fundo «o que corre é a bola.»
Antes do jogo, disseram-nos que Konaté ainda não era muito conhecido em França. Esta noite, apesar da derrota, terá servido para os gauleses ficarem a conhecer melhor o defesa do Liverpool. Exibição imponente do jogador formado no Souchaux, que soube impôr o físico e não tremeu ao progredir no terreno com bola.
Klopp insistia nas instruções para o colombiano e até contou com o auxílio de um assistente para traduzir algumas palavras para o ex-FC Porto, mas Luis Díaz pareceu nunca perceber o que era necessário fazer nesta final. Procurou o jogo interior de forma excessiva, apesar dos gestos do técnico alemão apontarem para o flanco. Não surpreendeu quando foi o primeiro a sair.
0-1 | ||
Vinícius Júnior 59' |