Paulo Cunha, diretor de voleibol do Sporting, concedeu uma entrevista aos canais oficiais do clube leonino e abriu o livro sobre o ponto de situação das duas principais equipas da secção de voleibol: masculina e feminina.
Seis meses depois de assumir o cargo, Paulo Cunha fez algumas revelações sobre a nova época 2022/23. Desde logo, sobre a equipa principal masculina, o dirigente leonino confirmou a continuidade de Gersinho no comando técnico e revelou que há três jogadores de saída: João Fidalgo, Dvoranen e Victor Hugo. Em sentido inverso, são esperados sete reforços e cinco deles já estão fechados.
Além desta temática, Paulo Cunha abordou ainda o ponto de situação da equipa feminina e revelou alguns dos planos que tem para a secção da modalidade em Alvalade.
Paulo Cunha em discurso direto:
Sete reforços e a continuidade de Gersinho: «Vamos ter sete jogadores novos: estão cinco contratados, um apalavrado e andamos ainda à procura de um outro jogador. A esta altura termos já isto definido é ótimo porque no ano passado, nesta altura, não tínhamos nem um terço do plantel. Houve também a necessidade de renovação com quem fica connosco, uma vez que não havia nenhum jogador com contrato para lá deste verão. A única pessoa com contrato era o Gersinho, que tem contrato até ao próximo anos, e nós vamos, naturalmente, continuar com ele.
Três Saídas: «O João Fidalgo que era um dos nossos capitães eesteve connosco desde o início deste projeto até ao último segundo e sublinho último porque há dois meses que ele sabia que não iria continuar e não teve qualquer alteração de atitude, da sua prestação e do seu profissionalismo. O Bob Dvoranen, que era o capitão principal, também nos vai deixar: tem 38 anos e não sabe ainda se vai continuar ou não a sua carreira, mas é uma pena não podermos mantê-lo. E o Victor Hugo que esteve connosco nas duas últimas épocas e que, não sendo capitão, era um homem de grupo, que unia as pessoas.»
Equipa feminina: «No feminino, a coluna vertebral vai manter-se e vamos ter de fazer apenas duas ou três contratações que têm de ser cirúrgicas face às nossas necessidades. Há um aspeto que é muito importante, quer na equipa masculina como na feminina, que é equilibrar os plantéis. Em 2021/22 os dois planteis eram extremamente desequilibrados. Portanto, o primeiro passo é equilibrar os plantéis e o segundo passa por fortalecê-los, mas não podemos ter fragilidades em nenhuma das posições e é nisso que estamos a trabalhar. Como disse, o masculino está praticamente fechado e o feminino estará na próxima semana. Queremos também reforçar as equipas técnicas porque as próprias necessitam de um reforço.»
Orçamentos vão manter-se iguais: «Os orçamentos do próximo ano serão exatamente iguais aos da época que terminou. E, tenho de referir, o da equipa masculina é, sensivelmente, um terço daquilo que foi o orçamento do voleibol no segundo ano de projeto após o regresso. Por isso, ao dizer isto, digo que iremos lutar sempre pelos melhores resultados e pelas melhores posições, mas não pode haver obrigação de vencer todas as competições.»
Futuro: «Temos estado a trabalhar num plano estratégico, que não existia até ao momento e que queremos implementar [...]. A nossa ambição é, dentro de quatro anos, estar a liderar o voleibol em termos nacionais. Obviamente que tem de haver muito trabalho e algumas alterações em termos orçamentais, que poderão passar por patrocínios diretos, e que esse trabalho vai desde a formação às equipas seniores. Só assim é que conseguiremos chegar a níveis bastante mais elevados. É nossa ideia que, em dois anos, tenhamos todos os escalões de masculinos e femininos, e para que a formação alimente as equipas seniores precisamos que os Sub-21 femininos possam na próxima temporada ascender à primeira divisão e os masculinos dentro de dois anos.»