José Mourinho afamou a expressão que diz que as finais não são para jogar, são para ganhar e voltou a fazer jus a essa fama. A Roma, do treinador português, Rui Patrício e Sérgio Oliveira, bateu os neerlandeses do Feyenoord por 1-0, com golo de Zaniolo, e conquistou a 1ª edição da UEFA Europe Conference League. O pragmatismo de Mourinho falou novamente mais alto.
As atenções estavam viradas para Tirana, Albânia, onde a Roma, comandada por José Mourinho, e os neerlandeses do Feyenoord se defrontavam para decidir quem era o grande vencedor da 1ª edição de sempre da Europe Conference League, a 3ª competição internacional de clubes europeus. Do lado romano, o guarda-redes Rui Patrício foi titular, enquanto o seu compatriota Sérgio Oliveira começou no banco, mas entrou logo aos 17 minutos.
Sendo esta uma final, José Mourinho manteve-se fiel ao 3x4x3 que foi frequente ao longo da temporada, mas concedeu ao Feyenoord a iniciativa do jogo nos primeiros minutos, apresentando-se com uma linha de pressão bastante baixa quando sem bola. Os romanos, no entanto, apenas permitiam aos neerlandeses ter bola em zonas laterais, povoando intensamente a zona central da sua defesa e miolo para não permitir a ligação entre médios e avançado do Feyenoord.
Com os planos das duas equipas a anularem-se mutuamente, houve pouco atrevimento e o ritmo de jogo baixou durante largos minutos, com as oportunidades a serem praticamente escassas. Contudo, à passagem do minuto 32, um erro ditou o primeiro golo do jogo. Mancini, adiantado no terreno, colocou a bola nas costas da defesa e o central Trauner abordou mal o lance, permitindo a Zaniolo recebeur (muito bem) de peito e isolar-se na cara de Bijlow. Aí, o jovem criativo italiano teve calma e, de primeira, picou por cima do guarda-redes para fazer o 1-0.
Depois deste golo inaugural, o Feyenoord procurou reagir e impor um pouco de maior intensidade na troca de bola, mas a Roma manteve o plano, continuou a controlar bem a profundidade levou os neerlandeses ao desespero pela sua incapacidade em se aproximar na última zona de terreno pela zona central. Apenas através de longa distância estes criaram algum perigo, mas Rui Patrício estava atento ao pouco trabalho que teve.
Depois de uma 1ª parte que deixou bastante a desejar - dos dois lados, na verdade -, o Feyenoord regressou dos balneários de atitude revigorada e encostou por completo a equipa de José Mourinho às costas. Os neerlandeses entraram bem mais assertivos com a bola nos pés, intensos e isso levou a que conseguissem colocar mais gente na zona de finalização e jogar com o corredor central.
Com alguma naturalidade, o Feyenoord não conseguiu manter o nível elevadíssimo de pressão e foi obrigado a baixar ligeiramente as linhas, o que permitiu à Roma finalmente ter bola e reequilibrar o ímpeto da partida. Com mais espaço para correr e para jogar no ataque à profundidade lateral, os Giallorossi ainda conseguiram criar alguns lances de perigo, mas faltou maior assertividade para «matar» o jogo com o 2-0.
Nos minutos finais, o Feyenoord, desesperado, apostou num autêntico «chuveirinho» para a área romana, onde até o seu guarda-redes se juntou, mas a Roma acabou por aguentar o sufoco até ao fim e venceu por 1-0. Desta forma, a Roma e José Mourinho conquistaram a 1ª edição da Europe Conference League e acabaram com uma seca de títulos no clube da capital romanda que perdurava desde 2008.
Nem sempre agradável, mas a verdade é que a estratégia de José Mourinho funcionou na perfeição. Na 1ª parte secou o ataque do Feyenoord e na 2ª teve que sofrer, mas no final lá conquistou mais um troféu internacional para o seu palmarés.
O arranque de 2ª parte do Feyenoord é ótimo e mereciam claramente o golo - não fosse Rui Patrício e tinham-no conseguido -, mas deitaram tudo a perder numa 1ª parte que deixou muito a desejar. Faltou ajustar muita coisa quando estava tudo encaixado.