Triunfo não bastou para evitar a descida do histórico Varzim

Dia triste para o Varzim e as gentes da Póvoa. Apesar do triunfo frente ao Mafra (2-0), a vitória do rival direto Sp. Covilhã ditou a descida direta dos Lobos do Mar ao terceiro escalão, numa temporada onde a equipa não conseguiu ter uma fase de estabilidade.

Em sentido inverso, o Mafra termina uma positiva época, num projeto que deixa água na boca para o futuro. Ricardo Sousa montou uma equipa de qualidade e capaz de ter personalidade em qualquer estádio, o que, por consequência, levou à valorização de alguns ativos com perspetivas de Primeira Liga.

Começou em alegria, acabou em tristeza

Com consciência que só o triunfo interessava, o Varzim teve uma entrada pujante no jogo, com o Mafra a procurar a resposta em transição. O primeiro sinal de perigo foi dado por Zé Tiago, num remate perigoso para fora. Na resposta, a magia de Rodrigo Martins deixou os Poveiros em aflição para manter o nulo.

O jogo seguiu numa toada de maior domínios dos comandados de Pedro Miguel, que acabaram por chegar ao golo já perto do intervalo. Experiente, Cássio Scheid ´arrancou´ uma grande penalidade e permitiu a Heliardo a abrir o ativo. A missão estava a ser cumprida, com as notícias a serem positivas da Amadora.

A festa que estava instalada na Póvoa de Varzim rapidamente transformou-se em silêncio, após o tento de Helitão na Reboleira. Ainda assim, apesar da energia dos seus adeptos ter reduzido de forma natural, a equipa da casa continuou dinâmica no jogo e aumentou a vantagem por Zé Carlos.

O encontro caminhou para o seu final num clima cinzento, com o Varzim a não conseguir salvar os problemas de uma campanha nas últimas jornadas. Os Poveiros vão disputar o terceiro escalão pela primeira vez desde 2014/15 e, quase de certeza, apoio não vai faltar da sua massa adepta para um rápido regresso ao futebol profissional.