Está feito, mas não está acabado

A última imagem é aquela que fica. A frase é tantas vezes repetida pelos treinadores e no jogo entre dragões e canarinhos assenta na perfeição. Há duas equipas tranquilas, com o campeonato arrumado, mas como disse Conceição «a festa é depois do jogo.»

O jogo é, efetivamente, de festa. O FC Porto está a celebrar a conquista do 30º título de campeão nacional, mas em 90 minutos há um conjunto de metas que os dragões querem atingir: campeonato com mais pontos (91), registo goleador (tem 84 e o melhor foi em 87/88 com 88 golos) e o número de jogadores campeões. Esse é o «rebuçado» que Conceição não prometeu, mas que com certeza vai dar a quatro: Cláudio Ramos, Francisco Meixedo, Rúben Semedo e Fernando Andrade.

O Estoril joga sem preocupações, mas há um lugar para segurar. No entanto, na mente de Bruno Pinheiro pode estar à vontade de premiar alguns dos meninos que venceram a Liga Revelação e assim começar a apontar baterias para o próximo campeonato.

Promessa de bom futebol

É longínquo recuarmos ao jogo da primeira volta, mas se a memória nos levar até lá vamos encontrar um dos jogos mais emocionantes do campeonato e um dos desafios que melhor personificou a época portista: resistência, resiliência e conquista. E bom futebol, muito bom futebol das duas equipas.

Não é difícil de prever, portanto, que é sob esse propósito que as duas equipas vão entrar em campo. Independentemente da maior ou menor rotação é quase certo que vamos ver um FC Porto pressionante e até asfixiante, enquanto que o Estoril vai procurar ter bola, construir desde a primeira linha defensiva e aproveitar a qualidade e inspiração dos seus estrategas de meio campo.