Dois anos depois de rumar a Madrid para representar o Atlético, João Félix recordou alguns dos melhores momentos da temporada em que brilhou de águia ao peito, então ainda um adolescente. Entrevistado pelo The Athletic, o internacional português recordou o primeiro golo pela equipa principal, que surgiu logo num dérbi.
«Foi inacreditável marcar o meu primeiro golo num dérbi, num dos dias mais importantes da minha vida. O estádio estava cheio», disse, recordando o empate (1x1) na receção ao Sporting, no qual marcou ao 86º minuto. Um cabeceamento, algo que teoricamente não seria o seu estilo, se não tivesse sido treinado desde jovem com o pai: «Ele dizia sempre que achava que os melhores golos eram os de cabeça. Acho que salto bem, sempre pratiquei cabeceamentos com ele. Ensinou-me muito e sempre foi o meu maior apoio».
Meses mais tarde, já estabelecido na equipa principal, anunciou-se de vez ao continente com um hat trick e assistência na vitória por 4x2 sobre o Eintracht Frankfurt, nos quartos de final da Europa League. O primeiro golo surgiu de grande penalidade, a primeira da carreira, num relvado onde era o menos experiente:
«Cobrei esse porque o Pizzi não estava em campo é ele que normalmente marca. Quando aconteceu o penálti, eu só corri para a bola e agarrei-a, ninguém a tirou. Decidi que ia marcar. Desde miúdo que gosto de marcar penáltis. É uma grande responsabilidade, mas eu gosto de a ter», contou.
Depois de recordar o seu surgimento com a camisola encarnada, foi questionado acerca de um nome que surge agora no Benfica: Gonçalo Ramos.
«O Gonçalo é muito bom. Quando tiver minutos de forma consistente, toda a gente vai ver o quão bom ele é. Só precisa de jogar o futebol dele, aprender, ouvir, melhorar. Basta ter os pés bem assentes no chão e continuar a fazer o trabalho dele».