Depois do arranque vitorioso, Portugal, campeão europeu (e mundial), prossegue a defesa do título este domingo, diante da equipa anfitriã, os Países Baixos.
A seleção neerlandesa partia como a menos cotada do grupo, visto que não chegava a uma fase final do Campeonato da Europa desde 2014 - ao contrário dos ucranianos, que são presença assídua nos quartos de final -, surpreendeu logo na primeira jornada, vencendo a Ucrânia por 3x2.
É uma equipa que aposta nos duelos e transições rápidas, que dá preferência ao sistema 3:1 com os pivot Said Bouzambou e Jordany Martinus. O primeiro demonstra mais qualidade - e até marcou - mas Martinus foi uma peça chave no jogo com a Ucrânia, pois soube tirar partido do seu poderio físico para segurar bolas e arrastar os defesas adversários, abrindo espaços para o aparecimento de colegas em boa posição para finalizar. No entanto, tal como já tinha demonstrado nos dois jogos de preparação com Portugal, a seleção dos Países Baixos também comete alguns erros, que Portugal poderá aproveitar.
Sobre os Países Baixos: «Em primeiro lugar, estão extremamente motivados por jogarem em casa. Eu tinha avisado sobre o cuidado que eles estão a ter com toda a preparação deste Campeonato da Europa. Têm uma variabilidade muito grande na equipa. Têm jogadores muito interessantes no um para um, pivôs fortíssimos, fixos com um enorme poder físico e um excelente sentido de marcação. Acabam por ter uma variabilidade de características nos seus jogadores que confere qualidade à equipa. Eles querem mesmo que esta competição seja um ponto de viragem – o renascer do futsal dos Países Baixos e daquela Holanda que conhecemos, que chegava sempre às fases finais e chegou à final de um Mundial [na primeira edição, em 1989, diante do Brasil], chegou às meias-finais de outro Europeu [em 1999]. Eram sempre seleções extremamente complicadas e estão com uma qualidade muito interessante e muito competitivos. Estão com uma vontade muito grande de ter sucesso e de chegar longe na prova.»
Sobre as contas do grupo A: «Um dos problemas é quando nós colocamos muitos ‘ses’. Nós temos de estar altamente focados no nosso jogo – no que é que temos de fazer contra os Países Baixos e vencer. Se fizermos sempre o nosso trabalho, vamos passar, vamos vencer o grupo, vamos passar etapa a etapa. Agora a nossa etapa é focarmo-nos nos Países Baixos e não colocar os ‘ses’.»
Sobre a exigência durante toda a competição: «Estamos conscientes da exigência que todo o Campeonato da Europa vai impor. A ambição e a vontade continuam lá… a preocupação em afinar e em preparar muito bem cada jogo… toda a gente muito focada no processo de preparação, porque estamos muitos conscientes da dificuldade competitiva que vamos encontrar em cada jogo. Estamos a fazer o nosso trabalho e focarmos muito em nós.»
Sobre a lesão de Bebé: «São infelicidades… mas fazem parte. Estou muito triste agora pelo Bebé que não merecia esta infelicidade. Ainda ontem no treino: não tendo o Bebé, que estava lesionado, e a forma como todos eles se predispuseram para treinar, reajustar e adaptar à dificuldade de termos só o André [Sousa] como guarda-redes. Foi fantástico e esse é o melhor indicador que temos de superação das dificuldades que temos vindo a ter desde o início.»
Sobre o jogo com os Países Baixos: «Obviamente que já vamos alertados para o início do jogo e saber que não pode haver facilitismos, se queremos acabar o grupo no primeiro lugar. Sabemos que os Países Baixos vêm motivados depois da vitória que tiveram, mas também já os conhecemos. Já fizemos dois jogos contra eles [em novembro], o que acabou por ser bom para nós – para conhecê-los e também para preparar da melhor forma este Europeu. O objetivo é e vai ser sempre o mesmo - vencer.»
Sobre as contas do grupo A: «Obviamente que é positivo [se Portugal conseguir, no final do jogo com os Países Baixos, o primeiro lugar], porque é logo um objetivo que fica alcançado e concluído, mas sabemos que são três jogos no grupo. Vamos pensar em vencer, que é nos compete fazer. Se ficar logo resolvido, o terceiro jogo é para vencer na mesma, porque queremos acabar com nove pontos.»
Sobre a lesão de Bebé e o regresso de Edu: «Há sempre um misto de emoções. Da mesma forma que foi complicado, para todo o grupo, saber que o Edu iria ter de ficar de fora, também é duro para o grupo agora saber que o Bebé tem de sair devido a lesão. Mas acaba por se fazer um pouco de justiça, se é que isso existe para o Edu – que iria perder duas competições muito importantes. Infelizmente para o Bebé e felizmente para o Edu… Em relação ao grupo, iremos sempre ficar muito bem servidos, porque são dois atletas com muita qualidade e que acrescentam a essa qualidade de jogo muita qualidade social ao grupo. Vamos receber o Edu de braços abertos e vamos correr um pouco mais pelo Bebé.»
Selecionador dos Países Baixos: Maximiliaan Tjaden
Nome | Posição | Equipa | J | M | GM | |
---|---|---|---|---|---|---|
1 | GR | 1 | ||||
12 | GR | |||||
2 | F | 1 | 1 | |||
3 | F | 1 | ||||
4 | F | |||||
9 | F | 1 | ||||
11 | F | 1 | ||||
15 | F | 1 | ||||
18 | F | 1 | ||||
7 | U | 1 | ||||
6 | A | 1 | ||||
10 | A | 1 | 1 | |||
5 | P | 1 | 1 | |||
14 | P | 1 |