Alvibranco 25-04-2024, 09:39
Depois de meia época adaptado a uma nova realidade, Matheus Reis tem vindo a ter uma afirmação em crescendo em Alvalade, onde conquistou os primeiros títulos da carreira. Em entrevista ao portal UOL, o defesa brasileiro falou dos primeiros tempos em Alvalade e da adaptação a central, com influência direta de Rúben Amorim.
«Sempre acreditei que poderia chegar a este nível. Quando ele [Rúben Amorim] me ligou, ele sabia das minhas funções, tanto como lateral, como central. Essa parte de ele gostar também de os centrais comandarem o jogo, faço muito isso. Estou aqui muito por culpa dele também, mas dia a dia também provo o meu valor, provo que ele encontrou a pessoa certa, o profissional certo para ajudar o Sporting», disse, destacando a evolução desde que chegou a Alvalade.
«O meu foco está no trabalho, na forma como me preparei para jogar a central. Estou a crescer muito, a ficar mais duro na defesa. Cresci muito defensivamente. Tenho noção disso. Na parte ofensiva, tenho a tranquilidade de sair a jogar desde trás, de ter calma», analisou.
Se o brasileiro faz agora parte dos indiscutíveis, o início não foi bem assim. Depois de meia época parado no Rio Ave, o defesa explicou as dificuldades que sentiu quando chegou ao novo clube.
«As pessoas esquecem-se que eu fiquei seis meses parados, sem ser a parte física. Não tinha contacto com a bola. Toda a gente sabe que, nos dias de hoje, se ficares uma semana parado faz diferença, 15 dias fazem diferença, então seis meses parados... Cheguei a um nível muito superior, o nível de exigência do Sporting é enorme», recordou.
Na mesma entrevista, Matheus Reis explicou o porquê de ser chamado «Gaúcho» durante os treinos.
«Na formação do São Paulo, joguei sempre no meio-campo, jogava em posições mais ofensivas. Então, nos treinos aqui, quando estou a jogar como central, costumo ter aquela habilidade de já ter jogado nas posições da frente. Gosto de sair a jogar, costumo driblar lá atrás. É daí que veio essa brincadeira. De "Gaúcho", do Ronaldinho Gaúcho. Da habilidade, de dar uns cortes, essas coisas. De ter uma ousadia um pouquinho fora da caixa na parte defensiva».