O FC Porto vai passar o Natal na liderança (partilhada) da Liga Bwin. Os dragões cumpriram na jornada antes do clássico frente ao Benfica e ainda se deram ao luxo de gerir as figuras da equipa. Frente a um Vizela que ameaçou dar luta, foi a parceria de Luis Díaz e Otávio que resolveram um jogo essencial para a equipa.
Um golo a abrir a segunda parte, juntamente com um expulsão, encaminharam o jogo para a goleada e para a subida dos portistas ao topo da tabela.
A promessa era de uma partida jogada a um ritmo alto, de presença nas duas balizas e com o Vizela a querer mandar no jogo. Foi isso que Álvaro Pacheco prometeu na antevisão e foi o que aconteceu durante o primeiro quarto de hora, precisamente a altura em que surgiu o primeiro golo da partida. Luis Díaz, o suspeito do costume, recebeu de peito e colocou um efeito no remate para bater Charles.
Era o cenário ideal para a equipa de Sérgio Conceição - o técnico voltou a não estar no banco devido ao castigo -, que está na iminência de receber o grande rival em duas partidas consecutivas. Também funcionava na perfeição para a estratégia de jogo porque baixar a linha defensiva significava tirar a profundidade que os vizelenses procuravam constantemente.
Confortável no jogo, o conjunto portista começou a procurar situações de ataque de forma mais pensada e cautelosa. Os vizelenses responderam, mas de forma tímida, com algumas aproximações à baliza de Diogo Costa. Álvaro Pacheco terá pensado que o cenário dificilmente ficaria pior, mas não podia estar mais errado.
A segunda parte abriu, praticamente, com novo golo portista, desta vez por Zaidu. O lateral subiu pelo terreno e atirou com potência para o centro da baliza, antes de correr em direção ao banco para abraçar Vítor Bruno, o adjunto que faz de Sérgio Conceição na ausência do principal.
Três golos de vantagem e superioridade numérica acionaram o modo gestão nos dragões, com Luis Díaz e Otávio a serem os primeiros a abandonar. A machadada final chegou com o autogolo de Samu, a tentar desviar um canto ao primeiro poste. Foi a confirmação da pior noite do conjunto de Álvaro Pacheco na temporada. Saíram Vitinha, Uribe e Zaidu e o FC Porto virou a atenção para o próximo jogo. Alguns sustos até o final, mas a confirmação do desfecho esperado.
Dois golos na primeira parte e outro logo a abrir a segunda. Foi assim que os dragões resolveram um jogo que tinha tudo para se tornar complicado, como o adversário já havia mostrado neste mesmo recinto. Os três golos permitiram uma gestão mais descansada e já a pensar no Benfica, dentro de quatro dias.
É verdade que o adversário era de nível superior, mas a equipa de Álvaro Pacheco esteve a anos-luz do que é capaz de fazer. Os dois golos sofridos num curto espaço de tempo não ajudaram e a equipa acabou goleada.