A seleção nacional de futsal continua a preparar a dupla jornada de preparação com a Espanha e Cardinal foi, esta quarta-feira, o porta-voz da equipa das Quinas.
O pivô do Sporting, que falhou o último mundial devido a lesão, voltou a integrar a lista de convocados por Jorge Braz e, em declarações aos canais da Federação Portuguesa de Futebol, revelou estar muito satisfeito pelo regresso, garantindo ainda que o futuro da seleção está assegurado.
Regresso: «Estou muito feliz pelo meu regresso, depois de uma lesão bastante grave. Desde fevereiro que não vinha aqui. Infelizmente não pude ir ao Mundial onde fomos campeões… Foi um misto de emoções – feliz por sermos campeões do Mundo, porque já merecíamos e fomos muito competentes, mas triste por não poder estar lá. Isso agora faz parte do passado e o nosso objetivo está nestes dois jogos com a Espanha, que é para chegarmos ao Europeu na máxima força e defendermos aquilo que é nosso. Somos campeões da Europa e temos de defender o nosso título».
Espanha, adversário competente: «Conhecendo os espanhóis conforme conheço, acho que eles vão encarar estes jogos como se fossem jogos de europeus ou mundiais, até porque estão feridos – no Europeu ganhámos na final e agora, no Mundial, eliminamo-los. Eles estão feridos e querem dar uma resposta agora a jogar em casa – com o seu público, antes de um Europeu… Vão querer entrar fortes, vão querer fazer dois bons jogos, para mostrarem que estão prontos para ganhar o Europeu».
Entusiasmo por voltar: «Já joguei em alguns europeus [Hungria-2010, Croácia-2012, Bélgica-2014, Sérvia-2016] e em alguns mundiais [Brasil-2008, Tailândia-2012 e Colômbia-2016], mas neste momento estou como se fosse jogar o meu primeiro Europeu. Estou ansioso que chegue. Estou com muita vontade. Não sei o dia de amanhã, mas seguramente não jogarei outro Europeu ou outro Mundial».
Futuro da seleção assegurado: «Acho que podemos estar descansados, porque temos o futuro garantido. São excelentes jogadores os jovens que estão a aparecer aqui – como o Zicky, como o Afonso, o Erick que já está mais maduro, o Tomás Paçó, o Bernardo Paçó, o Silvestre,… Acho que temos muita qualidade e, como disse anteriormente, temos o futuro garantido. É só eles darem continuidade ao trabalho, quererem aprender cada vez mais, para que possam corresponder quando vierem à Seleção. É importante para o futsal português que nós não baixemos de nível, mas que o mantenhamos ou que o elevemos cada vez mais. Na minha opinião, [a integração dos novos jogadores] é muito mais fácil atualmente. A minha primeira internacionalização foi logo na Seleção A. Não havia seleções jovens. O trabalho dos jovens está facilitado, pois quando chegam cá, parece que estão aqui na Seleção há muitos anos. Já sabem como é que é o ambiente, como é que a Seleção joga… Já estão mais adaptados e é diferente!»
Os jogos de preparação para a qualificação do Europeu, diante da Espanha, estão agendado para os próximos dias 18 e 19 de dezembro, em Málaga (Espanha).