Ainda com pouco tempo de estudo, a nova tecnologia do fora de jogo vai voltar a ser alvo de novo teste-piloto na Taça das Nações Árabes, pelo menos a julgar pelas intenções da FIFA, numa competição que tem início esta terça-feira e que vai contar com a presença de dois técnicos portugueses contribuir para o teste: Carlos Queiroz, selecionador do Egito e Hélio Sousa, selecionador do Bárem.
Com o objetivo de poder utilizar tal inovação de forma mais «permanente» no Mundial do Catar, no final do próximo ano, Johannes Holzmuller, diretor de Tecnologia e Inovação do organismo que tutela o futebol mundial, deu a conhecer a utilização da tecnologia semiautomática que pode revolucionar o visionamento dos foras de jogo.
«Os dados extraídos do vídeo serão enviados para as salas de operações e a linha de fora de jogo será calculada e o passe que der início à jogada chegará quase em tempo real. O operador das repetições pode depois mostrar a jogada imediatamente ao VAR», começou explicar, admitindo que para a competição árabe a ser testada vai ter «uma estação de fora de jogo» que o assistente do VAR «pode imediatamente validar e confirmar a informação».
Um sistema que visa a ajuda do trabalho dos árbitros e que, para Pierluigi Collina, continuarão a desempenhar um papel importante na interpretação dos lances, papel-chave para o correto funcionamento da tecnologia.
«Num caso de fora de jogo, a decisão é tomada após se ter analisado, não apenas as posições dos jogadores, mas também o seu envolvimento na jogada. A tecnologia, hoje ou amanhã, pode desenhar uma linha, mas a avaliação de uma interferência com um adversário mantém-se nas mãos dos árbitros», concluiu o chefe FIFA para a arbitragem.