Um triunfo construído pelas asas do dragão

De prego a fundo do início ao fim do desafio, Luis Díaz foi o principal foco de desequilíbrio da equipa portista. Trocou as voltas por várias vezes a João Ferreira e deu a resposta pronta ao golo vitoriano com um grande golo. Como se não bastasse, no segundo tempo voltou a mostrar toda a sua potência no jogo ofensivo da sua equipa, ajudando a empurrar o Vitória SC para o seu último reduto.

Uma plataforma de apoio aos médios e extremos portistas, Taremi funcionou, desde cedo, como desbloqueador de várias linhas de passe com a baliza de Bruno Varela como destino. Manteve o nível no segundo tempo e sofreu a falta que expulsou Mumin.

Se Luis Díaz causou mossa do lado azul e branco, Edwards teve papel idêntico na saída de jogo rápida do Vitória SC. Deixou Zaidu nas covas em algumas situações e ganhou a falta para grande penalidade que o próprio converteu. Na segunda parte esteve mais apagado fruto da inferioridade numérica da sua equipa, mas continuou um dos mais inconformados com o rumo do desafio.

A formiga trabalhadora do costume, variou de lado consoante a necessidade do jogo da sua equipa. Sempre em alta voltagem, deu o golo da vantagem a Evanilson em mais um lance resultante da alta pressão azul e branca, mantendo a intensidade das suas ações até ao final do jogo.

O principal responsável por manter o Vitória em jogo até ao apito final. Bruno Varela começou a saga das grandes defesas ainda no primeiro tempo na sequência de um canto e foi acumulando intervenções valiosas durante o segundo tempo, numa altura em que a sua equipa já jogava em inferioridade numérica. Ao todo foram 3/4 intervenções de elevado grau de dificuldade.

Entrou ao intervalo para o lugar de Sérgio Oliveira e, sem que o internacional português estivesse a jogar mal, deu outra vertigem e rapidez de processos ao miolo azul e branco. Surgiu várias vezes à entrada da área do Vitória SC sempre pronto a servir os colegas em posição de atirar à baliza de Bruno Varela.

Cai a pior nódoa. A realizar uma exibição segura até ao início da segunda parte, deitou tudo a perder com uma entrada imprudente sobre Taremi. Um lance que marca a história da partida, já que facilitou a vida ao FC Porto na busca pelo triunfo.

Está no bolso essencialmente pela incapacidade de estancar o fluxo de jogo vitoriano pelo seu corredor, num período em que cometeu também a grande penalidade que originou a vantagem forasteira. Teve um segundo tempo mais tranquilo face à quebra da equipa de Pepa, mas não deixou de estar ligado ao pior do jogo dos dragões.