Num dos jogos mais esperados desta jornada, o FC Porto cumpriu a difícil missão e venceu o Vitória SC no Estádio do Dragão, não deixando o Sporting fugir com a liderança isolada. A partida foi muito bem dividida na primeira parte com oportunidades flagrantes para ambos os lados, mas acabou mais inclinada no segundo tempo face à expulsão precoce de Mumin, que deixou a turma visitante reduzida a 10 jogadores.
⌚️60' FCP 2-1 VSC
🇧🇷Evanilson marca o 6.º golo esta temporada: iguala o máximo de golos por uma equipa do FC Porto.
⚠️Golos por época em 🇵🇹Portugal:
6 FC Porto [2021/22]
4 FC Porto [2020/21]
6 FC Porto B [2020/21] pic.twitter.com/F0pMiM9uBU
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Começou, como já é apanágio, com um FC Porto muito pressionante na frente e a condicionar a saída de bola do adversário, mas a primeira oportunidade de real perigo saiu dos pés de Bruno Duarte, ele que, sozinho na cara de Diogo Costa, não deu o melhor seguimento a um livre estudado e trabalhado pela equipa.
Foi o mote para a primeira de algumas aproximações perigosas de um Vitória SC de Pepa - bem diferente do que jogou em Moreira de Cónegos - que continua, jornada após jornada, a mostrar muito volume ofensivo, pese a falta de eficácia que por vezes acaba por ser traiçoeira. As ideias do treinador refletem-se no coletivo e os vimaranenses, sempre com enorme predisposição nas alas através de Rochinha e Edwards, foram dando trabalho a João Mário e Zaidu, não permitindo que os dois laterais se aventurassem tanto em terrenos ofensivos.
Já depois de Luis Díaz e Rochinha terem tido o golo nos pés, Edwards conquistou uma grande penalidade - foi necessário o auxílio do VAR - no 1x1 com Zaidu. Na cobrança, o inglês não perdoou e deixou a bem constituída massa adepta vitoriana em êxtase.
A verdade é que o FC Porto não precisou de grande tempo para digerir o golpe porque Luis Díaz mostrou, uma vez mais, o porquê de ser um dos maiores destaques no campeonato: livre cobrado rapidamente, finta sobre João Ferreira e um míssil que só parou no fundo das redes de Bruno Varela.
A intensidade permaneceu num nível elevado até ao intervalo, tal como a agressividade, e os dragões estiveram perto de dar a volta à contenda. Taremi viu um golo anulado por fora de jogo e depois foi Bruno Varela, com uma enorme intervenção, que impediu o 2x1 a Evanilson.
⌚️Intervalo: FCP 1-1 VSC
Há quase 4 anos que o Vitória SC não marcava um golo na 1.ª parte no Estádio do Dragão: 22' 🇧🇷Raphinha (abriu o marcador).
No final dos 90 minutos o FC Porto venceu por 4-2 na última jornada da 1.ª volta de Liga 2018/19 pic.twitter.com/xFp0UoDhSe
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Tendo em conta o ritmo da anterior, a segunda parte também prometia. Nova entrada forte dos portistas e novas oportunidades criadas, ainda que o Vitória fosse equilibrando e conseguindo chegar à área contrária.
O problema é que Mumin, com uma entrada fora de tempo, recebeu ordem de expulsão aos 53 minutos e acabou, de certa forma, por estragar o espetáculo uma vez que a balança ficou inclinada para um lado.
Ora, em superioridade numérica, o FC Porto intensificou e, em forma de arrastão, chegou ao 2x1. Varela foi defendendo como pôde - negou o bis de Luis Díaz -, mas não conseguiu evitar o golo que Evanilson tanto procurou fruto de uma excelente combinação com Otávio.
Solidário face à situação delicada, o Vitória SC tentou conter a avalanche contrária ao mesmo tempo que espreitou contra-ataques rápidos na velocidade de Edwards. Apesar das tentativas - Varela foi destaque -, o resultado não se alterou mais e ainda houve tempo para um forte aplauso dos adeptos presentes a Ricardo Quaresma, que voltou a uma casa onde foi feliz.
Belos primeiros 45 minutos no Estádio do Dragão. Bom ambiente nas bancadas, bom futebol, golos e oportunidades para cada lado. Tal como se esperava de um dos jogos de maior destaque desta jornada.
Não há como fugir ao lance: a expulsão praticamente sentenciou o jogo de uns e facilitou o jogo de outros. Acabou por ser o principal lance do encontro.