O SC Braga voltou a dar mais um recital de futebol na Europa. Os minhotos apanharam pela frente um Ludogorets que quis dividir o jogo e as diferenças do resultado podiam ter sido bem maiores, se os arsenalistas tivessem mantido o ritmo alto ao longo dos noventa minutos.
O triunfo e a conjugação de resultados no outro encontro do grupo - Midtjylland venceu em casa do Estrela Vermelha - colocaram os minhotos no primeiro lugar do grupo e a depender, ainda, mais de si própria para uma qualificação direta para a fase a eliminar da Liga Europa.
A equipa de Carlos Carvalhal beneficiou imenso do facto do Ludogorets se ter atirado ao jogo com a mesma ambição com que joga no campeonato búlgaro. A formação de Leste optou por pressionar mais alto, até porque a obrigação de vencer era a missão, para continuar a sonhar com a continuidade na Liga Europa.
A postura do Ludogorets agradou aos minhotos, pois com mais espaço para jogar a qualidade do estilo de jogo apareceu mais cedo e em zonas de desequilíbrio pouco comuns de surgir. O SC Braga começou a ter muito espaço junto da defesa e nos primeiros minutos Ricardo Horta somou duas ocasiões de perigo.
Ricardo Horta era, por aquela altura do jogo, o elemento de maior destaque e com maior destino de perigo, mas era também o jogador mais vigiado. Sem problema de chamar a si os momentos de maior decisão, depois de bons trabalhos ofensivos de toda a equipa, o avançado do SC Braga não marcando, foi preponderante na forma como a equipa marcou, fazendo três assistências.
O primeiro golo surgiu quando o Ludogorets começou a recuar as linhas, mas a bomba de Al Musrati fez com os búlgaros abrissem novamente a estratégia de chegar ao golo. Curiosamente o golo dos homens de Stanislav Genchev surgiu contra a corrente do jogo, mas num excelente movimento ofensivo.
O golo do Ludogorets era penalizador para o SC Braga, mas fez com que os visitantes esticassem novamente as linhas e os homens de Carlos Carvalhal foram mortíferos nesse momento. Dois golos e lances de muito perigo.
A primeira parte foi de grande nível, mas não afastou o SC Braga de entrar com um toada novamente forte no segundo tempo. A postura agressiva dos minhotos fez com que o Ludogorets pudesse inverter a tendência do jogo, por muito que tentasse.
O SC Braga voltou a controlar com uma pressão alta, beneficiando de ter um adversário que quis demasiadas vezes construir por baixo. Com recuperações de bola em várias zonas de perigo os arsenalistas podiam ter arrumado com o jogo mais cedo, mas só o fizeram com o golo de Mário González.
Com três golos de vantagem o Braga relaxou e equipa búlgaro conseguiu mostrar melhor a estratégia que trouxe para o encontro. Um futebol mais ligado nos alas e à procura de profundidade. Não conseguindo marcar dessa forma, o Ludogorets ainda reduziu, através de um pontapé de canto e acreditou, mas a forma de manter a bola longe da baliza, por parte dos comandados de Carlos Carvalhal fez com a equipa de Leste se resignasse.
O SC Braga vai agora à Dinamarca tentar fechar o primeiro lugar do grupo, sendo certo que na última jornada vai ter nova oportunidade, quando receber o Estrela Vermelha.
Não é novidade a forma como o SC Braga monta os ataques, mas frente ao Ludogorets a equipa de Carvalhal teve muito espaço para explanar aquilo que mais gosta: Velocidade, verticalidade e perigo.
Os búlgaros jogaram tudo neste encontro e não tiveram medo de arriscar, mas demonstraram pouco conhecimento do futebol ofensivo que o SC Braga tem demonstrado. Após passar o primeiro homem de meio, os minhotos criaram sempre perigo.