Foi a meio de agosto que pela primeira vez surgiram rumores da vontade dos dirigentes do Flamengo em comprar a SAD do Tondela, o que gerou uma onde apoio nas redes sociais. Mais tarde, surgiram informações que o objetivo passava por colocar os beirões nas competições europeias e agora surgiu mesmo a confirmação da parte da direção do Mengão dessa vontade em adquirir o Tondela.
A confirmação surgiu da parte de Rodrigo Tostes, vice-presidente de finanças do clube rubronegro, que explicou as intenções do Flamengo, em entrevista ao Globoesporte e que a aquisição do Tondela é para tentar fechar até dezembro e que será apenas o primeiro passo de um plano muito maior da formação brasileira.
«[Comprar o Tondela] É só o primeiro passo. Essa estratégia não vai funcionar se for um clube só fora do Brasil. Todos [os possíveis investidores] com quem estamos a conversar colocam isso e nós também. Queremos ter um clube na Alemanha, um em Espanha, um em França, em África, na China, nos Estados Unidos, ou seja, não é um projeto de um clube só», começou por dizer o dirigente.
«Precisamos de pelo menos três anos para maturar esse projeto, levar o clube para as primeiras posições do campeonato português. Essa é a ideia. Depois disso pensamos na fase dois», acrescentou, confirmando que o Flamengo queria finalizar a compra «ainda este ano», mas que «está apertado, devido a uma série de fatores.»
«Estamos a fazer um negócio que está a levar a marca. Nós temos 46 milhões de adeptos. Parece-me óbvio que vamos ter de encontrar uma forma de utilizar a marca no uniforme do clube, junto com o nome do clube de alguma forma, para que esse ativo possa ser monetizado, ou o investidor não vai colocar dinheiro. Mudar a cor do equipamento? Eu diria que não faria isso. Mas acho que teremos de contratar gente especializada para apresentar uma proposta. Antes de dar 46 milhões de adeptos ao milhão ou 500 mil que o clube tenha, temos de respeitar os que estão lá, para não perder os 500 mil em detrimento dos 46 milhões. Estamos a fazer esse projeto para a torcida do Flamengo, mas não podemos perder a torcida da outra equipa, ou das outras equipas que o Flamengo terá em outros lugares. Esse é um pré-requisito», explicou relativamente à junção das identidades dos dois clubes, como, por exemplo, no equipamento e no símbolo.