Decorreu esta sexta-feira, em Gondomar, uma homenagem a Ricardinho, onde o mágico português recebeu a Medalha de Honra pela Câmara Municipal de Gondomar pelo triunfo no Mundial da Lituânia.
Numa cerimónia que também contou com a presença de Fernando Gomes, Presidente da FPF, e João Paulo Rebelo, Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, o capitão da seleção não abriu o jogo em relação à continuidade na seleção e agradeceu ao pai - dando-lhe a medalha de campeão do mundo - pela inspiração ao longo da sua vida.
Inspiração do pai: «O meu pai perdeu uma perna há muitos anos, continuou e lutou pela vida, adaptou-se e foi isso que fiz: adaptar-me para ser o Ricardinho que sou agora. Não ia ser o driblador, o do 'cabrito', dos golos impossíveis, mas fui batalhador, dei tudo pelo país e sou orgulhosamente português e gondomarense»
Continuidade na seleção: «Essa notícia vai ser dada dentro de duas semanas, preferia não estar a falar já sobre esse assunto porque é ainda um tema muito sensível. Durante esse tempo vai haver uma mistura grande de ideias, dúvidas e certezas e tenho que entender o corpo. (...) Quero estar na seleção sendo útil e não ser apenas mais um atleta porque o nome não joga»
A recuperação: «O Ricardo teve uma lesão grave, uma das mais graves. Quando o corpo faltou, a mente sobrou e foi esta mente brilhante, esta ideia permanete de que era capaz, que o levou a uma luta solitária durante seis meses, que o levou a acreditar que recuperar era possível»
O grupo: «O Ricardinho é o melhor jogador da história do futsal, e é nosso, continuará nosso, e lutará sempre por Portugal. Ao seu lado, um grupo unido e inspirador que sorriu nas horas do golo e se uniu nas horas mais sofridas. Um grupo que se esqueceu do Eu e valorizou sempre o Nós. Sim, o que mudou foi a nossa mentalidade, agora sabemos como ganhar. Ficou para trás a ideia de que era impossível»