Via livre para um empate a ferros

Não há forma de o SC Braga somar duas vitórias seguidas neste arranque de época, mesmo quando tudo parece apontar para tal... depois do triunfo contra o Tondela, a equipa de Carlos Carvalhal ficou muito perto de vencer nos Açores mas viu Lincoln arrancar um empate a ferros com um livre direto já aos 90+5'. Um empate dramático que o Santa Clara fez por merecer, com uma forte reação ao golo sofrido.

Os problemas ofensivos dos minhotos voltaram a estar bem expostos, os minhotos voltaram a deixar o golo inaugural para muito tarde e tiveram muitas dificuldades em lidar com a resposta dos açorianos, que não se deram por vencidos e lutaram até ao último suspiro, com direito a recompensa.

A abrir, desinspiração extrema

Em vésperas de jogo europeu em casa, o SC Braga tinha uma difícil deslocação mas esperava que o poder de fogo mostrado na reta final contra o Tondela tivesse continuidade. Não teve. Os primeiros 45 minutos foram mais uma vez de muita pobreza a nível ofensivo da equipa minhota - o relvado também não ajudava - e o Santa Clara até teve as melhores ocasiões nessa fase, mesmo com menor iniciativa de jogo.

©SC Braga

Já o SC Braga... chegava a conseguir encostar os açorianos às cordas, mas não descobria o caminho para a baliza de Marco Pereira, protegida por uma linha defensiva muito baixa.

Até ao último suspiro

Carvalhal retirou Galeno ao intervalo, depois de mais um jogo em sub-rendimento do brasileiro, e a desinspiração ofensiva dos minhotos ficou de novo bem patente num momento de Mario González, a desperdiçar uma grande oportunidade de dar vantagem ao SC Braga. Um pouco depois, Ricardo Horta lançou o aviso mais sério até ao momento, com um remate que sofreu desvio e foi à barra.

©SC Braga

Parecia ter sido mesmo solução, mas a reação açoriana fez com que assim não fosse. A equipa de Daniel Ramos deu tudo o que tinha até o árbitro mandar toda a gente para os balneários e antes disso houve tempo para resgatar o empate a ferros. Não foi Bouldini, que teve o golo nos pés perto dos 90', foi Lincoln já bem para lá desse minuto. Num livre frontal, uma execução perfeita do brasileiro despejou um balde de água gelada sobre os guerreiros.