É já este sábado que Benfica e Sporting vão medir forças pelo primeiro troféu da temporada 2021/22.
As águias, vencedoras do Campeonato, têm encontro marcado com as vice-campeãs, uma vez que a edição 2020/21 da Taça de Portugal feminina não chegou a ser concluída.
Se de um lado, encontramos um Benfica já a carburar, depois de já ter ultrapassado a primeira ronda de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, do lado do Sporting não se sabe bem o que esperar, depois de uma autêntica remodelação no plantel.
À partida, e tendo em conta como o Benfica terminou a época passada [triunfo por 0x3 em Alvalade] e como iniciou a nova época - [duas goleadas na Liga dos Campeões], é fácil dizer que, na teoria, as águias partem como favoritas para este duelo histórico.
Filipa Patão perdeu algumas jogadoras, em relação à temporada passada, mas manteve a espinha dorsal da equipa, recebendo ainda alguns reforços que já deram nas vistas, como é o caso de Valéria Cantuário.
Além deste aspeto, e como já foi referido, o Benfica já testou em jogos oficiais as rotinas da equipa que sofreu algumas alterações. Até aqui, os resultados foram positivos e promissores.
Em Alcochete, a história é diferente. Depois da forma como deixou fugir o campeonato nas jornadas finais durante a temporada passada, o Sporting operou uma autêntica remodelação na equipa feminina.
Susana Cova deu o lugar a Mariana Cabral, treinadora que levou a equipa B à conquista da II Divisão Feminina, e deu-se a saída de 10 atletas, entre as quais estão nomes muito sonantes do futebol feminino nacional, como Inês Pereira, Patrícia Morais, Mónica Mendes, Tatiana Pinto, Ana Capeta, Carolina Mendes e ainda Nevena Damjanovic, figura das leoas nas últimas épocas.
Em sentido oposto, a nova temporada trouxe entrada de alguns reforços - Diana Silva, Ana Teles, Melisa Hasanbegovic, Chandra Davidson, Shen Menglu, Brenda Pérez e Doris Bacic -, bem como de várias de jogadoras que subiram da equipa B para a formação principal.
A juntar a esta reformulação, a verdade é que ainda não houve a oportunidade para os adeptos verem como está a equipa, após todas estas alterações. Daí que, à partida para este encontro, o Sporting possa ter uma vantagem: o efeito surpresa.
A equipa leonina já está a trabalhar há várias semanas, realizou recentemente um estágio de preparação no Algarve, onde defrontou a equipa feminina do Sevilla (0x0), mas apresenta-se este sábado no Restelo sem que o adversário tenha grande conhecimento desta nova equipa que, com Mariana Cabral, com certeza que vai apresentar dinâmicas diferentes em relação à temporada passada.
Prova oficial da Federação Portuguesa de Futebol desde 2015, a Supertaça Feminina conta ainda com um curto histórico. Nas cinco edições já realizadas, há desde logo um aspeto muito curioso que salta à vista: cinco vencedores diferentes.
Em 2015, o Futebol Benfica foi o primeiro a estrear-se como vencedor, seguido Valadares Gaia em 2016 e do Sporting em 2017. Em 2018, foi a vez do SC Braga e, mais recentemente, em 2019, o Benfica.
Uma vez que a edição relativa à época 2019/20 não se realizou, esta nova edição vai, com certeza, contar com um vencedor repetido, pela primeira vez na sua curta história.