Numa final com direito a 120 minutos de futebol, o Brasil ficou com a medalha de ouro ao peito nos Jogos Olímpicos do Japão. A seleção «canarinha» venceu a Espanha, por 2x1, com o golo decisivo a ser apontado por Malcom já na segunda parte do prolongamento.
Os primeiros 45 minutos em Yokohama, palco onde o Brasil se sagrou campeão do mundo em 2002, foram marcados por duas equipas cautelosas mas com uma seleção «canarinha» mais perigosa. Ainda assim, foi a Espanha a primeira a criar perigo, quando aos 16 minutos Oyarzabal quase obrigou Diego Carlos a fazer autogolo.
O susto acordou o Brasil, que a partir desse momento passou a ser a melhor equipa em campo. Consequência disso foram algumas oportunidades, como a de Matheus Cunha (19') - com defesa apertada de Unai Simon -, ou de Richarlison (25'), que viu a bola bater na malha lateral da baliza espanhola.
Aos 35 minutos, o primeiro grande momento da noite japonesa (tarde em Portugal). Unai Simon «aventurou-se» na saída da baliza e, com isso, «atropelou» Matheus Cunha. A decisão foi ao VAR e o árbitro australiano Chris Beath aceitou a dica e marcou grande penalidade. No entanto, Richarlison não foi capaz de aproveitar a «oferta» espanhola e atirou por cima da trave.
Seria, contudo, apenas um adiamento do golo brasileiro, que chegou já em período de compensação da primeira parte. Matheus Cunha aproveitou um «balão» e alguma apatia da defesa espanhola para inaugurar o marcador na final olímpica.
A segunda parte seria, no entanto, diferente, e depois de um período de maior domínio do Brasil seria a Espanha a tomar conta das rédeas da partida.
A superioridade da La Roja acabaria por resultar no golo do empate, aos 61 minutos, quando Oyarzabal, solto ao segundo poste, finalizou com estrondo um cruzamento de Soler. Feito o empate, os europeus continuaram a pressionar e antes do final dos 90 minutos ainda acertaram duas vezes nos ferros da baliza de Santos.
O azar espanhol no tempo regulamentar acabou por custar caro no prolongamento, porque aos 108 minutos os brasileiros, num contra-ataque perfeito, estenderam a mão ao ouro olímpico. Na sequência de um canto para a seleção da Espanha, os «canarinhos» dispararam em ataque rápido e Malcom, depois de ganhar o duelo a Vallejo, bateu Unai Simon para o 2x1.
Um golo que seria decisivo em Yokohama e que selaria o segundo título olímpico na história do Brasil, curiosamente seguidos, depois do ouro caseiro em 2016, no Rio de Janeiro.
2-1 a.p. | ||
Matheus Cunha 45' Malcom 108' | Mikel Oyarzabal 61' |