Está fechada a preparação do Benfica para a época 2021/22. No último amigável de pré-temporada, os encarnados empataram a uma bola com o Marseille no seu jogo de apresentação. A partida ficou marcada por uma 1ª parte muito pobre da equipa comandada por Jorge Jesus e por uma 2ª parte que melhorou com a mudança tática, mas que quebrou com as várias substituições implementadas. A época começa oficialmente no próximo dia 4 de agosto, frente ao Spartak Moskva, de Rui Vitória.
Era o culminar da pré-temporada do Benfica. Depois de sete amigáveis - onde somou cinco vitórias, um empate e uma derrota -, a formação comandada por Jorge Jesus tinha agora pela frente a formação do Marseille, comandada por Jorge Sampaoli, que ficou em 5º lugar na última edição da Ligue 1 e que apostou forte no reforço do seu plantel para esta temporada. Era o último encontro de preparação dos encarnados.
As águias apresentaram-se com um 4x4x2, onde se destacava a titularidade de Odysseas Vlachodimos na baliza, a presença de Otamendi no centro da defesa (ao lado de Vertonghen) apenas três dias depois de se ter juntado aos treinos, e a entrega da frente de ataque a Adel Taarabt e ao jovem avançado Gonçalo Ramos. De fora da convocatória ficaram jogadores como Chiquinho, Jota, Gabriel, Tomás Tavares ou João Ferreira, o que indicia que não contam para esta temporada.
Com o início oficial da temporada marcado para 4 de agosto, este era o derradeiro teste para o Benfica, que se deparou com uma equipa do Marseille melhor na gestão da posse de bola e a pressionar muito alto no momento da perda de bola, o que dificultou a saída a jogar curta das águias. No ataque, Taarabt surgiu como um género de pivot ofensivo e foi deambulando entre posições, o que permitiu trocas posicionais com Rafa e Pizzi. Contudo, o trabalho do marroquino acabou por ser redundante e apenas foi notório quando baixava no terreno, o que, por outro lado, retirava poder de fogo no ataque.
O golo encarnado acabou por galvanizar o Marseille ainda mais para o ataque e a turma comandada por Jorge Sampaoli foi deixando avisos através da exploração do mau controlo da profundidade do Benfica - Vertonghen e Otamendi tiveram dificuldades com os movimentos de Bamba Dieng -, um problema que já vem desde a temporada passada. Os franceses acabariam mesmo por chegar ao golo beneficiando de um lance de magia do criativo Payet, que variou com classe de flanco e isso revelou as fragilidades posicionais de Gilberto. O brasileiro Luis Enrique voltou a virar o jogo e Payet, dentro da área, trabalhou bem sobre Grimaldo e atirou para golo.
A nível ofensivo, o Benfica estava com algumas dificuldades face à tal pressão do Marseille e apenas os movimentos de rotura de Gonçalo Ramos, que trabalhou muito entre linhas e surgir várias vezes a desequilibrar nas alas, e os surgimentos de Pizzi em zona frontal fizeram tremer a defesa francesa.
Depois de uma 1ª parte que deixou a desejar e com o jogo com o Spartak, para a Liga dos Campeões a aproximar-se, Jorge Jesus regressou para os segundos 45 minutos e apostou no "seu" 3x4x3, com Lucas Veríssimo a juntar-se a Otamendi e Vertonghen, Gil Dias a ocupar a ala direita e Seferovic a fixar-se na frente de ataque. Esta mudança tática ajudou o Benfica a controlar melhor a profundidade na defesa e permitiu às águias apresentarem mais presença nas alas no processo ofensivo, o que deixou o jogo bastante mais dividido e partido nos minutos iniciais.
Apesar desse bom momento, Jorge Jesus promoveu, a 20 minutos do fim, as saídas de Pizzi e Rafa e fez entrar Rodrigo Pinho e Waldschmidt para jogarem adaptados nas alas. Contudo, o maior pendor ofensivo desta dupla também deixou mais espaços nas alas para o Marseille atacar e obrigou Grimaldo e Gil Dias a descurarem ligeiramente o processo ofensivo. Além disso, possibilitou ao Marseille sair mais vezes em contra-ataque rápido.
Com a partida a caminhar a passos largos para o apito final, Jorge Jesus ainda promoveu a rotação dos restantes jogadores que faltavam, mas a partida entrou numa espiral de menor intensidade e pouco ou nada houve a assinalar, pelo que a partida acabaria mesmo empatada por 1x1. Para a imagem desta apresentação dos encarnados ficou uma 1ª parte que deixou muito a desejar ao nível da construção e do processo ofensivo e uma 2ª parte onde a equipa melhorou com a mudança tática, mas que quebrou com as substituições. O próximo jogo do Benfica está marcado para 4 de agosto, a contar para a 1ª mão da 3ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões, frente ao Spartak Moskva.
1-1 | ||
Pizzi 14' (g.p.) | Dimitri Payet 38' |