5 anos desde título do Euro, o que mudou na seleção

«Quanto mais tempo passa, mais valor dou a tudo o que fizemos...». André Gomes recordava assim, em outubro passado, em entrevista ao zerozero, aquele dia que perdurará para sempre na memória dos portugueses. 10 de julho de 2016. Recorda-se? Claro que sim. O tempo passa, e já lá vão cinco anos, mas é difícil esquecer um marco tão importante na história do desporto nacional.

Fernando Santos Portugal Total

87 Jogos
53 Vitórias
20 Empates
14 Derrotas

177 Golos
67 Golos sofridos

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«Acho que foi um marco muito importante, mas a partir desse momento vem o outro lado: ganhámos e vamos querer defender o título. E em cada competição que a seleção entrar é para ganhar, independentemente das pessoas acharem que somos mais ou menos favoritos», admitiu André Gomes.

Celebrado o título, com pompa e circunstância, de França a Portugal, e exposto o troféu numa zona onde podem ser recordadas esta e muitas outras conquistas na sede da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), na Cidade do Futebol, em Oeiras, a exigência e expectativa aumentaram em torno da Seleção Nacional.

A Seleção Nacional passou a ser olhada de forma diferente. Candidata? Favorita? Candidata, sempre, a vencer qualquer competição em que entre. Mas o que mudou desde 2016? Após esse dia glorioso, Portugal disputou mais 62 jogos (37 vitórias, 17 empates e 8 derrotas), participou em quatro fases finais - Confederações (2017, meias-finais), Mundial (2018, oitavos), Liga das Nações (2019, vencedor) e Euro 2020 (2021, oitavos).

• A história do título europeu de 2016: De empate em empate... até à vitória!

©Getty / Matthias Hangst

O que é feito dos 23 heróis de Paris?

Uns terminaram a carreira (Eduardo, Ricardo Carvalho e Eliseu), três regressaram a Portugal (Bruno Alves, Pepe e Ricardo Quaresma), outro já regressou, mas já emigrou novamente, caso de Nani, e apenas dois jogaram em 2020/21 no mesmo clube em que estavam em 2016. São eles Anthony Lopes (Lyon) e João Mário (Sporting).

Excetuando aqueles que terminaram carreira, dos 23 comendadores, há apenas um na lista que, neste momento, não tem qualquer vínculo contratual com um clube, ou seja está livre para decidir o seu futuro. Consegue adivinhar qual? Ajudamos. Éder. Esse mesmo. O herói da final contra os franceses está sem contrato.

Há ainda um dado curioso. 11 dos 26 convocados para o Europeu 2020 sagraram-se campeões europeus há cinco anos. Rui Patrício, Pepe, José Fonte, Guerreiro, Moutinho, Danilo, William, Renato, Cristiano Ronaldo e Rafa.

Internacionais após a final de 2016 (31):

• André Silva - 42 jogos - 16 golos
• Bruno Fernandes - 33 jogos - 4 golos
• Rúben Dias - 32 jogos - 2 golos
• João Cancelo - 27 jogos - 5 golos
• Gelson Martins - 21 jogos - 0 golos
• Luís Neto - 19 jogos
• João Félix - 18 jogos - 3 golos
• Diogo Jota - 18 jogos - 7 golos
• Sérgio Oliveira - 13 jogos
• Mário Rui - 11 jogos
• Bruma - 9 jogos - 1 golo
• Palhinha - 6 jogos - 1 golo
• Trincão - 6 jogos
• Nuno Mendes - 5 jogos
• Paulinho - 3 jogos - 2 golos
• Rúben Semedo - 3 jogos
• Kévin Rodrigues - 3 jogos
• Domingos Duarte - 2 jogos
• Pedro Gonçalves - 2 jogos
• Ricardo Ferreira - 2 jogos
• Gonçalo Paciência - 2 jogos - 1 golo
• Rony Lopes - 2 jogos
• Gedson Fernandes - 2 jogos
• Dyego Sousa - 2 jogos
• Dalot - 2 jogos
• Marafona - 1 jogo
• Edgar Ié - 1 jogo
• Cláudio Ramos - 1 jogo
• Pedro Mendes - 1 jogo
• Podence - 1 jogo
• Rui Silva - 1 jogo