Os destaques da partida entre a França e Portugal que terminou com um empate a duas bolas.
As grandes figuras costumam aparecer nos grandes momentos e falar em grandes figuras no futebol é falar de Cristiano Ronaldo. O capitão da Seleção Nacional teve sangue frio (como normalmente tem) para bater de forma exímia duas grandes penalidades, colocar a sua equipa nos oitavos de final do Euro 2020 e, pelo caminho, igualar Ali Daei como o melhor marcador da história ao serviço das seleções. Ainda tentou ameaçar de outras formas e terminou como o mais rematador do jogo.
Esteve ausente da seleção francesa durante quase seis anos, mas regressou para este Campeonato Europeu. Apesar de algumas críticas nas duas primeiras jornadas, também apareceu da melhor forma no jogo decisivo para resolver com dois golos, o primeiro de grande penalidade e o segundo com uma desmarcação nas costas da defesa francesa. Com os colegas em noite não, foi preciso um grande Benzema para a França assegurar o primeiro lugar do Grupo.
Foi novidade no onze português e o maior responsável pela melhoria exibicional da Seleção Nacional. O médio trouxe capacidade de ter bola no meio campo em posições interiores e adiantadas, algo que faltou na partida frente à Alemanha. Os elogios recebidos pela crítica geral são justificadas e a preponderância que teve justificam isso mesmo. Grande exibição do jogador do Lille no maior dos palcos. Pode ter sido o agarrar da titularidade para o que resta da competição.
Não é um jogador de choque, de grande velocidade ou de defesa, mas faz de tudo um pouco no meio campo francês. Destaca-se pela qualidade de passe e pela maneira como lê o jogo. Não foi exceção na partida contra Portugal, com uma enorme capacidade de encontrar os colegas e pautar o ritmo de jogo. É bem apoiado por Kanté, é certo, mas também é um dos mais preponderantes no estilo francês.
Entrou ao intervalo para o lugar de Danilo, mas isso foi suficiente para deixar bem presente a sua qualidade no controlo do jogo. Com vários cortes importantes e uma capacidade de cobrir os espaços de pressão, o médio do Sporting segurou o miolo português com grande qualidade e honrou a também grande exibição de Danilo a conter o poderio ofensivo do adversário.
Foi muito criticado pela sua exibição frente à Alemanha, quase sempre num ritmo demasiado baixo para responder ao que o adversário pedia. A melhor resposta? Um exibição de alto nível frente à França, que tem o mesmo nível de qualidade. Agora nos sítios certos e na pressão correta, Danilo foi um pêndulo enquanto esteve em campo e ainda ajudou a conquistar a primeira grande penalidade ao chegar à bola antes de Lloris. Bela maneira de se redimir.
Como foi dito anteriormente, exige-se que as grandes figuras apareçam na sua melhor forma nos momentos importantes. O camisola 10 da França não esteve à altura da grandeza do palco e muito longe do seu nível habitual. Na primeira parte ainda tentou fugir várias vezes à defesa portuguesa, conseguiu ganhar uma grande penalidade, mas não mais que isso. Não teve bola e quase não desequilibrou, acabando como um dos mais apagados em campo.
Errou menos do que contra a Alemanha, sim, mas voltou a permitir que o perigo surgisse pelo seu lado. Várias vezes ultrapassado na velocidade e apanhado fora de posição, o lateral também ainda cometeu a grande penalidade. Ofereceu opções no momento ofensivo, mas continua sem dar a segurança necessária na altura de defender.
2-2 | ||
Cristiano Ronaldo 30' (g.p.) 60' (g.p.) | Karim Benzema 45' (g.p.) 47' |