Atualmente a cumprir a terceira temporada nos Estados Unidos, ao serviço do Orlando City, Nani não deixa de acompanhar o futebol português e, em particular, o «seu» Sporting.
Em entrevista ao jornal Record, o internacional português começou por explicar como viveu a recente conquista do título nacional por parte dos leões, do outro lado do Oceano Atlântico.
«Acompanhei com alguma emoção, mas é lógico que não é igual, estando tão longe e não sendo possível sentir as vibrações dos adeptos, dos sportinguistas, dos amigos e familiares. Mas foi muito bom porque já há muito tempo que o clube precisava de um título tão importante como este e para nós, como adeptos, é um orgulho enorme ver o nosso clube festejar um título destes e poder dizer isso aos nossos amigos benfiquistas e portistas, que andavam a gozar-nos há tantos anos e a dizer-nos coisas para as quais não tínhamos resposta», começou por dizer o extremo de 34 anos, afirmando que «já era tempo» da equipa verde e branca festejar.
«Nas últimas semanas aproveitei para dar umas piadinhas, claro, principalmente aos meus irmãos e tios. Está a ser muito bom e também já era tempo de o Sporting ganhar um título e de equilibrar a nossa Liga, distribuindo um pouco mais a competitividade entre os três grandes e assim a Liga portuguesa também fica mais bonita», acrescentou.
A poucos meses de cumprir 35 anos, Nani ainda não definiu uma data para pendurar as botas. Ainda assim, Alvalade será sempre uma opção válida para encerrar a carreira de futebolista... Quem o diz é o próprio Nani, depois de ser confrontado com o exemplo de João Pereira, que voltou a Alvalade na última temporada.
«Nunca escondi isso. Sempre disse que essa era uma hipótese em cima da mesa, e foi por essas razões que voltei sempre ao Sporting – e isso já aconteceu duas vezes –, porque é o clube que me fez voar e que me abriu as portas para o mundo do futebol profissional. Tenho muita gratidão ao Sporting, é um clube que mexe comigo e por quem tenho um carinho muito especial. Sei que os adeptos também sentem um carinho muito especial por mim. Por isso é um clube que sempre falei que iria voltar, que não me importava nunca de terminar a minha carreira em Alvalade. Aliás, foi por essas razões que sempre que houve uma oportunidade de voltar, eu voltei...», relembrou Nani, destacando, ainda assim, que é preciso que exista uma conjugação de fatores para esse cenário se concretizar.
«Nós nunca sabemos o nosso futuro, porque ele nunca depende só de nós. Não posso dizer que vou terminar a minha carreira em Alvalade e isso acontecer de repente. Tem de haver uma oportunidade para isso [...]. Tudo tem de fazer sentido, mas com toda a certeza iria com muito orgulho, e se fosse o Sporting para acabar a carreira era o clube perfeito», concluiu o jogador que conta com 141 jogos ao serviço do Sporting.