Se a tradição do chá das cinco chegou ao Reino Unido pela «mão» de Catarina de Bragança, filha do rei D. João IV, nada mais apropriado do que decidir a final inglesa da Liga dos Campeões de 2021 em Portugal, na cidade do Porto. Manchester City e Chelsea «deslocam» o encontro britânico para as 20 horas deste sábado, a partir da qual se começa a discutir o novo campeão europeu.
O Manchester City chega pela primeira vez ao jogo das decisões da mais importante prova de clubes da Europa, ao contrário do homem que lidera a equipa há cinco anos. Pep Guardiola tem duas medalhas de ouro em casa e quer juntar-lhes uma terceira, levando simultaneamente o clube de Manchester ao topo do futebol continental.
Na «armada» do City liderada pelo catalão Guardiola figuram três nomes fortes do futebol português. Bernardo Silva, João Cancelo e Rúben Dias pisam solo lusitano numa das noites mais importantes das respetivas carreiras, podendo sair do estádio do Dragão com a coroa de campeões da Europa, precisamente a poucas semanas de trocarem de camisola e defenderem a seleção portuguesa no Euro 2020.
Do lado oposto da «batalha» inglesa vai estar o Chelsea, que depois do título europeu conquistado em 2012, em Munique, procura a segunda noite de glória na Liga dos Campeões. Ao leme dos blues está o alemão Thomas Tuchel, que ainda tem contas a ajustar com a competição e com Portugal.
Na história do Chelsea, para além do incontornável José Mourinho e de um leque inesquecível de jogadores lusos, está André Villas-Boas. O técnico, discuta-se ou não, figura na «imagem» do maior título da história dos blues, precisamente a Liga dos Campeões de 2011/2012, uma vez que foi com ele que a equipa londrina passou a fase de grupos dessa edição.
É certo que a última final da Liga dos Campeões para Pep Guardiola foi há uma década, mas o técnico espanhol carrega consigo uma dose de experiência nestas decisões que pode fazer a diferença, sobretudo nos detalhes. O catalão sabe como preparar os jogadores para um dos momentos mais altos das carreiras e jogará, de certa forma, em «casa» no que toca ao controlo das emoções.
Se Guardiola é mais experiente nestas andanças, Thomas Tuchel (que já jogou uma final) soube mudar radicalmente o estado de espírito deste Chelsea. O alemão entrou com a época em andamento e transfigurou o lado emocional da equipa, que chega ao jogo do Dragão com a consciência que não é favorita mas que tem todos os ingredientes para derrubar o City.
| Últimos Jogos (totais)
|
Manchester City | Chelsea | |||
7 | 25 | Golos marcados | 22 | 8 |
4 | Golos sofridos | 4 | ||
12 | Jogos | 12 | ||
8 | 4 | Golos Marcados | 6 | 7 |
TREINADORESGuardiola e Tuchel já se defrontaram por sete vezes, com o treinador do Manchester City a apresentar uma ligeira vantagem: soma três vitórias, contra dois triunfos do técnico do Chelsea |
TREINADORESTuchel disputa a final da Champions pela 2.ª época consecutiva, depois de ter perdido o jogo decisivo na época passada, pelo PSG |
TREINADORESGuardiola disputa a final da Champions pela terceira vez, depois das duas finais ao serviço do Barcelona, em 2009 e 2011 - ganhou ambas |
JOGADORESMahrez marcou nos três últimos jogos disputados na Champions |
EQUIPASO Chelsea vai disputar a final da Champions pela terceira vez na história. Nas duas anteriores, venceu uma e perdeu outra e ambos os jogos foram resolvidos no prolongamento |
EQUIPASNos 12 jogos realizados nesta edição da final da Champions, o Chelsea só perdeu (0-1 frente ao FC Porto) |
EQUIPASO Chelsea perdeu três dos quatro últimos jogos realizados |
EQUIPASJogo histórico para o Manchester City: é a primeira final do clube na competição |
EQUIPASNos sete últimos jogos realizados na Champions, o Manchester City marcou sempre, pelo menos, dois golos |
EQUIPASO único jogo que o Manchester City não venceu nesta edição da Champions foi, precisamente, no Estádio do Dragão, frente ao FC Porto (0-0) |
EQUIPASO Manchester City soma sete vitórias consecutivas nesta edição da Champions |
EQUIPASO Manchester City ainda não perdeu nesta edição da Champions: em 12 jogos, soma 11 vitórias e um empate |
CONFRONTOSEsta é a terceira final da Champions entre equipas inglesas: em 2008, o Chelsea perdeu frente ao Manchester United no desempate por grandes penalidades, enquanto em 2019 o Liverpool bateu o Tottenham |
CONFRONTOSO Chelsea defrontou pela última vez um adversário inglês nas competições europeias na última temporada, quando disputou a Supertaça Europeia frente ao Liverpool (derrota no desempate por grandes penalidades, depois de um empate 2-2) |
CONFRONTOSA última vez que o Manchester City defrontou uma equipa inglesa nas competições europeias foi em 2018/19, quando foi eliminado pelo Tottenham nos quartos de final da Champions |
CONFRONTOSO Chelsea apresenta um histórico positivo nos duelos frente a equipas inglesas nas competições europeias: em 19 jogos, soma vitórias, oito empates e quatro derrotas |
CONFRONTOSO Manchester City não apresenta um histórico nada positivo nos duelos frente a equipas inglesas nas competições europeias: em seis jogos, soma uma vitória e cinco derrotas - e perdeu todas as eliminatórias |
CONFRONTOSA última final entre as duas equipas foi em 2018/19, na Taça da Liga, com o Manchester City a levar a mellhor, no desempate por grandes penalidades |
CONFRONTOSA única final que o Chelsea venceu frente ao Manchester City foi em 1985/86, na Full Members Cup, quando venceu por 5-4 |
CONFRONTOSAs duas equipas já disputaram quatro finais entre si, com vantagem do Manchester City, que venceu por três vezes, enquanto o Chelsea levou a melhor numa ocasião |
CONFRONTOSO Manchester City venceu três dos quatro últimos jogos realizados frente ao Chelsea |
CONFRONTOSO Chelsea venceu os dois últimos jogos realizados frente ao Manchester City |
CONFRONTOSEsta época, as duas equipas já se defrontaram por três vezes, com uma vitória do Manchester City e duas para o Chelsea |
CONFRONTOSAs duas equipas já se defrontaram nas competições europeias: foi em 1970/71, nas meias-finais da Taça da Taças, com uma dupla vitória do Chelsea por 1-0 |
CONFRONTOSManchester City e Chelsea defrontaram-se por 168 vezes, com vantagem da equipa londrina, que soma 70 vitórias, contra 58 triunfos da equipa de Manchester |