Era visto como crucial pelas duas equipas e acabou por ser o Boavista a sorrir no fim, iluminando o Estádio do Bessa com muita esperança. Os axadrezados receberam e bateram o Portimonense pela margem mínima e garantiram três importantíssimos pontos na luta pela fuga à despromoção, levando a decisão final para a última e derradeira jornada e adiando, como consequência, a situação dos algarvios. Num jogo de baixa rotação e de pouca criatividade, os axadrezados acabaram por ser mais resilientes na procura da felicidade, castigando um adversário demasiado desinspirado.
... E sem balizas. As decisões estão quase aí e a luta pela manutenção tem agravado o receio da perda de pontos. Portimonense e Boavista, que ambicionam o mesmo objetivo, entraram em campo com muita cautela.
Esse jogo de paciência dividiu-se de forma simples nos primeiros 45 minutos: Boavista com mais posse e a falhar alguns passes e um Portimonense a correr atrás da mesma com foco no contra-ataque, mantendo uma coesa organização defensiva.
Retirando as bolas paradas de Sauer e Angel Gomes, só o espírito combativo e a concentração prevaleceram num deserto de criatividade.
O resultado não era, de todo, do interesse dos axadrezados e a equipa comandada por Jesualdo Ferreira regressou com isso mesmo em mente.
Não que a mudança de comportamento tenha sido radical, mas, acima de tudo, mais objetiva. Para além da posse, o Boavista foi-se acercando da área de Samuel Portugal com mais qualidade e critério, algo que não havia conseguido fazer no primeiro tempo.
Sabendo da necessidade urgente dos três pontos, o Boavista segurou o 1x0 até ao fim com sofrimento - Léo Jardim evitou um golo quase cantado e Fabrício cheirou o empate -, dando um passo importante na corrida pela manutenção.
Não foi o jogo mais bem jogado, mas valeu pela postura dos axadrezados, que nunca viraram a cara à luta e mostraram sempre vontade de retirar algo mais do jogo.
Um erro que coloca o Portimonense ainda no limbo, embora os algarvios estejam mais confortáveis que outros adversários diretos. Não que tivesse tido muito trabalho ao longo da partida, mas falhou num momento decisivo.
Bem nas decisões capitais, um pouco apertado no critério disciplinar de forma a manter o controlo do jogo.