Dois remates, dois golos. Gonçalo Ramos saltou para o jogo apenas aos 74 minutos mas foi a tempo de influenciar como ninguém o resultado final do encontro. O jovem jogador apareceu nos sítios certos às horas certas para marcar por duas vezes e, assim, fazer por merecer mais minutos entre os graúdos... porque a qualidade não tem idade nem divisão.
...se não fossem umas quantas intervenções do guardião brasileiro, que se destacou em três momentos: na resposta a um remate fortíssimo de Riascos mesmo antes do golo inaugural, no um contra um diante de Éber Bessa e a evitar um auto-golo de Otamendi no início da segunda parte. Manteve o jogo na margem mínima para que houvesse margem e tempo para virar o resultado.
As qualidades do avançado do Nacional no plano físico já são sobejamente conhecidas e viram-se bem, mesmo que o colombiano não tenha conseguido marcar. Com espaço foi sempre perigosíssimo... e mesmo quando pressionado por Gilberto ganhou quase sempre os duelos. Deixou o brasileiro atarantado por diversas vezes e ainda foi o colombiano quem atirou ao poste no lance do golo do Nacional.
Se Gonçalo Ramos foi a tempo de inscrever o nome no marcador por duas vezes, Darwin fica também ligado ao resultado por ter assistido o jovem avançado nas duas ocasiões. O uruguaio entrou também a bom nível, entendendo-se com os colegas de ataque e explorando os espaços de um Nacional descompensado na defesa por essa altura.
Mais um elemento determinante pela forma como saiu do banco de suplentes. O número 7 dos encarnados substituiu Pedrinho ao intervalo e deu uma criatividade ao ataque que o compatriota não estava a conseguir dar. O melhor momento foi no lance do golo do empate, com uma grande iniciativa à esquerda para servir Seferovic mesmo em frente à baliza.
O médio brasileiro repetiu a titularidade e acrescentou à equipa do Nacional, incluindo no momento defensivo, fase em que cobria o flanco direito, apoiando o lateral. Também a nível ofensivo soube sempre combinar com os colegas e destacou-se pela forma como furou pela defesa encarnada para se isolar perante Helton Leite... só faltou conseguir bater o guardião.
O lateral brasileiro teve sempre demasiadas dificuldades em contrariar as qualidades de Riascos. Não conseguindo ganhar no plano físico, também não teve o timing certo nas interceções e saiu claramente derrotado desse duelo individual. Acabou substituído quando Jorge Jesus fazia o tudo por tudo para chegar à reviravolta.
Não foi um jogo claramente negativo, mas o médio nigeriano acabou por ficar ligado ao jogo pela forma como perdeu uma bola num lance que resultaria num golo do Benfica. Além disso, foi acusando desgaste ao longo do jogo e perdendo capacidade para cobrir os espaços e controlar as ofensivas rápidas dos encarnados.
1-3 | ||
Pedrão 8' 78' (p.b.) | Gonçalo Ramos 81' 86' |