Lei do mais forte impera no Algarve

O Sporting foi a Portimão vencer por 3x8, no primeiro jogo dos quartos de final do play-off de apuramento de campeão. 

Menos de uma semana depois de se ter sagrado campeão europeu, o Sporting sabia que não haveria lugar a descompressão, e entrou concentrado e apostado em vencer. O Portimonense deu uma grande réplica, mantendo-se fiel a si mesmo, e o jogo foi intenso e disputado, com golos e defesas para todos os gostos.

Águas passadas não movem moinhos

Os leões entraram em campo e rapidamente se enquadraram com a baliza. Merlim e João Matos foram os primeiros a avisar Gutta, e foi Nuno Miranda quem respondeu, na baliza contrária.
Não foi preciso esperar muito para surgir o primeiro golo. Aos 4’, numa jogada que é quase marca registada do Sporting, Merlim desequilibra na ala, colocando na área onde apareceu Rocha para inaugurar o marcador.

Os leões carregavam no ataque, com Gutta a exibir-se a bom nível, mas o guardião algarvio nada podia fazer, aos 7’, perante Pauleta. Perda de bola de Júnior que Pauleta aproveitou para dar para Merlim, que aparecia em posição frontal para rematar, mas Filipinho opôs-se, com a bola a sobrar novamente para Pauleta, que não desperdiçou. A equipa da casa tentou responder de pronto, mas Guitta levou a melhor sobre Vigário, e foi o Sporting quem dilatou o marcador, aos 9’, por Taynan, depois de um grande trabalho de Zicky na linha de fundo.

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O Portimonense não abrandava o jogo, e não desistia, tendo em Caio o homem mais inconformado. À passagem do minuto 11, com Guitta fora da baliza, foi Pany Varela quem, de peito, negou autenticamente o golo do Portimonense, que acabaria por surgir aos 14’, por Júnior. Antes disso, aos 12’, Pedro Moreira protestou com a equipa de arbitragem que acabou por lhe dar vermelho direto e ordem de expulsão.

Aos 15’ já o Sporting tinha 4 faltas, contra 0 do Portimonense, mas os leões não perderam o controlo emocional, e ainda antes do intervalo dilataram o resultado, com um golaço de Pany Varela já dentro do último minuto.

Emoção até ao fim

Depois do intervalo, os primeiros minutos foram parcos em oportunidades de golo. Eram mais os duelos – e as faltas – que lances dignos de nota. A partir dos 26’ o jogo voltou a ganhar interesse, com o golo de Cavinato, que bisou dois minutos depois, num lance em que fica a ideia de que Gutta poderia ter feito um pouco mais.

Cerca do minuto 31, Gonçalo Portugal rende Guitta, o que acabou por coincidir com o período de maior ascendente do Portimonense, que marcou duas vezes no minuto 33, ambas por Nuno Miranda. O primeiro golo surge num contra-ataque em superioridade, e o segundo na sequência de outro erros dos leões, que o jovem camisola 18 alvinegro não desperdiçou. Nuno Dias mandou parar o cronómetro para pedir calma à sua equipa.

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No minuto seguinte, calma foi o que faltou aos homens da casa, que cometeram a 5ª e a 6ª falta quase de uma assentada, oferecendo um livre de 10 metros a Pany Varela, que converteu de forma irrepreensível.

A resposta dos algarvios foi apostar de imediato no 5x4+GR, conseguindo criar algumas oportunidades, que Gonçalo resolveu. Até ao final, foi o Sporting quem ainda marcou mais um, com Pany Varela a assinar um hattrick e a fechar as contas em 3x8, com menos de um minuto para o apito final.

Vitória justa do Sporting, perante um Portimonense que nunca baixou os braços, mas demonstrou debilidades defensivas, e falta de alguma cabeça fria em momentos cruciais do jogo.