A situação continua a ser preocupante, porém, o empate foi um mal menor esta sexta-feira para o Boavista. Apesar das muitas oportunidades criadas, a equipa de Jesualdo Ferreira sofreu bastante para conseguir chegar à igualdade já perto do fim frente ao Tondela (1x1) e vai visitar o quase campeão Sporting bastante aflito na tabela classificativa
Elis voltou a ser a pantera em maior destaque, após uma exibição de muita qualidade e que foi coroada para o golo. Por sua vez, o Tondela esteve perto de garantir já a manutenção, num encontro onde teve muitas dificuldades para atacar com qualidade.
Em situação menos tranquila na tabela classicativa, o Boavista entrou na partida com vontade de agitar e chegar ao golo. Elis, sempre ativo, foi várias vezes solicitado e bem cedo esteve perto de marcar, mas não foi feliz no duelo frente a Pedro Trigueira. No lado beirão, a procurar normal por um futebol trabalhado e de posse, apesar da dinâmica diferente devido à inédita aposta em Mario González e Tomislav Strkalj ao mesmo tempo no onze inicial.
De longe, Jaume Grau - talvez a unidade mais esclarecida dos beirões durante o primeiro tempo - obrigou Léo Jardim a trabalhar. O passar dos minutos viu a qualidade do encontro baixar, com os conjuntos encaixados e a falharem vários passes, talvez devido a algum nervosismo extra pelo momento decisivo da época.
A vontade, essa, continuava e Elis seguia a causar problemas à defesa adversária, que sentia dificuldades para controlar o poder físico e velocidade do avançado axadrezados. Já perto do descanso, o hondurenho voltou a testar a atenção de Pedro Trigueira, num lance onde Enzo Martínez ficou a queixar-se de falta e deixou um buraco em zona perigosa. Faltava, acima de tudo, mais inspiração no Bessa.
Após o descanso, o Boavista regressou agitador e voltou a criar oportunidades para chegar ao desejado golo, com o Tondela sem capacidade para organizar e levar a bola até ao ataque. Paulinho, Elis e Mangas criaram perigo em momentos de sufoco para a defesa visitante, que, muito pela inspiração de Trigueira, conseguiu em esforço manter a sua baliza inviolável.
Insatisfeito com o rumo do encontro, uma alteração de Pako Ayestarán teve caráter decisivo na partida. A entrada de Rafael Barbosa permitiu a Mario González passar a atuar no centro do ataque e o espanhol rapidamente começou a aparecer no jogo. Já depois de desperdiçar uma bela oportunidade, o avançado não falhou duas vezes e faturou após um excelente passe do improvável Ricardo Alves.
Sem grande cabeça, mas com a alma boavisteira, a turma de Jesualdo Ferreira ainda foi a tempo de resgatar pelo menos um ponto do jogo. Elis - momentos antes quase tinha aproveitado um erro de Trigueira - finalizou da melhor jogada um cruzamento de Nathan Santos, que criou o tento após fantástico lance pela direita. Um prémio justo para os axadrezados, mas que não apaga um resultado preocupante para o final de época do aflito Boavista.
Voltou a provar ser figura a ter em atenção. Muito agitador, Elis foi constantemente solicitado pelos seus companheiros e, com a sua qualidade, criou vários lances de perigo. Continua a marcar e muito do jogo axadrezado passa por ele.
A vitória era o objetivo, mas o Boavista mostrou alguma loucura na procura do golo na segunda parte e abriu espaços em zonas recuadas, que o Tondela aproveitou. Justamente, o empate chegou já perto do fim, mas as Panteras estiveram perto de serem derrotadas numa altura onde pontuar é decisivo.
Noite tranquila para Tiago Martins, sem lances de muita dificuldades para analisar. O jogo foi intenso, mas o árbitro teve critério na marcação das faltas e em deixar jogar alguns lances