Quando Ole Gunnar Solskjæ fizer o resumo da época do Manchester United, terá certamente a segunda parte desta partida contra a Roma como destaque. O Manchester United não só venceu, como fez 45 minutos de luxo rumo à final da Liga Europa. O triunfo foi por claros 6x2 e Paulo Fonseca deve ter-se sentido perdido naquele segundo tempo.
Curiosamente, e até um pouco à italiana, quando se imaginava que o Manchester United fosse embalar para uma partida de controlo e de procura de mais golos, a Roma conseguiu reagir e marcar dois golos praticamente nas duas vezes que foi ao ataque. Primeiro, e logo depois do 1x0, veio o empate de grande penalidade, castigando uma abordagem sem sentido de Pogba na área que, ao fazer um carrinho, levantou o braço e fez mão. Depois, Dzeko finalizou uma jogada onde a defesa inglesa ficou a ver jogar.
Um 1x2 que, pelo controlo de jogo, até pode ser visto como injusto ao intervalo, mas que premiava a concentração e eficácia da Roma e penalizada um Manchester United que foi ficando cada vez mais desequilibrado nos primeiros 45 minutos.
Com o domínio do jogo, não surpreendeu ninguém que os golos tivessem aparecido, sendo que entre eles ainda foram criadas mais oportunidades de golo. Marcaram, Cavani (grande jogada de contra-ataque e um grande passe de Bruno Fernandes), novamente Cavani (ressaca a uma má abordagem de Mirante), Bruno Fernandes de penálti e depois Pogba de cabeça (cruzamento perfeito de Bruno).
Em menos de 30 minutos o jogo passou de 1x2 para 5x2 e se tivesse estado nessa altura 6x2 ou até 7x2 não era descabido, tal o domínio a toda a linha dos red devils.
Os minutos finais acabaram por ser de descompressão no jogo, mas sempre com a equipa do Manchester United a estar com bola e até perto de voltar a marcar. algo que ainda apareceu perto do fim por Greenwood. Uma goleada «à antiga» e certamente uma das melhores exibições do melhores exibições (a segunda parte) da temporada.
Depois de nos primeiros 45 minutos a equipa do Manchester United ter dominado, mas ter sido pouco perigosa, o segundo tempo foi o oposto. Foram oportunidades atrás de oportunidades e, com naturalidade, golos atrás de golos...
É certo que não justifica tudo, mas aos 37 minutos Paulo Fonseca já não podia mexer mais na equipa. Foram três alterações feitas por lesões e o treinador português ficou de braços amarrados a ver a sua equipa ser esmagada.
A única dúvida vai para o lance que deu a grande penalidade ao Manchester United, mas acaba por se aceitar