A semana passada ficou marcada pela apresentação da Superliga Europeia, que contava com a presença de Real Madrid e Chelsea como clubes fundadores, ao lado de outros 10 emblemas, só que, entretanto, a prova foi literalmente abandonada menos de 24 horas depois de ver a luz do dia, pela maioria daqueles que achavam ter encontrado a solução para o futuro do futebol.
Resumo estatístico do jogo:
➡O Real Madrid marcou no único remate enquadrado com a baliza - Mendy não fez qualquer defesa, enquanto Courtois fez 4 defesas
➡Benzema e Werner foram os + rematadores (4 remates)
➡Éder Militão foi o jogador com + cortes: 7 pic.twitter.com/HPQaKcMMrM
— playmakerstats (@playmaker_PT) April 27, 2021
A possibilidade de merengues e blues serem expulsos da presente edição da Liga dos Campeões por conta desta proclamada guerra à UEFA chegou a ser coagitada, mas este retrocesso liderado pelos emblemas ingleses, incluindo o Chelsea, não deu margem sequer para que essa ideia ganhasse força. Esqueceu-se a Superliga, ficámos, claro está, com a Champions!
Real Madrid e Chelsea tinham encontro marcado há muito para uma das meias-finais e nada ficou resolvido nesta 1.ª mão, realizada na capital espanhola. Os londrinos empataram na visita a Madrid (1x1) e estão meio passo à frente da eliminatória. Mas ainda nada está decidido.
A Superliga prometia futebol mais equilibrado, mais competitivo, com os melhores protagonistas, e os primeiros minutos da partida entre Real e Chelsea foram um verdadeiro regalo. O conjunto de Thomas Tuchel entrou em força, mais organizado, com uma forte pressão sobre a linha defensiva adversária, e não demorou a ameaçar a baliza de Thibaut Courtois.
Liderada por Pulisic, mas muito bem resguardada também por Jorginho e Kanté, a armada londrina esteve muito perto do primeiro golo, logo aos 10 minutos. O norte-americano arrancou pela esquerda, entregou a bola a Mount, que por sua vez serviu Werner para o gol... Não, não foi golo, porque Courtois protagonizou uma defesa fantástica.
O Chelsea continuou a carregar e, depois de Werner desperdiçar mais uma ocasião, Pulisic colocou o Chelsea em vantagem. O camisola 10 entrou na área dos merengues, fez o que quis perante Courtois, tirando o guardião belga do caminho, e rematou para o fundo das redes. Que espetáculo! Se a Superliga era isto...
Pese a melhor entrada em jogo por parte do Chelsea, que poderia, perfeitamente, ter dado um vantagem mais confortável, o Real Madrid respondeu muito bem e restabeleceu a igualdade ainda antes da meia hora de jogo. Karim Benzema ameaçou com uma bomba ao poste, aos 23 minutos, e concretizou aos 29'.
O avançado francês recebeu de Militão, ajeitou com a cabeça e fuzilou o compatriota Mendy. Sem hipótese de defesa para o guardião dos blues. Um grande momento de Benzema, que chegou aos 71 golos na prova milionária, igualando o registo do histórico Raúl.
Perante todas as incidências da primeira parte, a expectativa era enorme para perceber como é que as duas equipas iam abordar o segundo tempo, no entanto assistiu-se a um duelo muito tático, sem grandes oportunidades, e por vezes até algo enfadonho.
A vontade de não perder sobrepôs-se à vontade de ganhar e a igualdade prevaleceu até ao final. Tudo em aberto para a segunda mão, em Londres.
Excelente entrada do Chelsea, a dominar os primeiros minutos, com boas oportunidade de golo, e resposta forte do Real, por intermédio de Karim Benzema. Depois o jogo foi decrescendo de qualidade.
Um jogo com dois belíssimos golos, de Pulisic e Benzema, mas que de resto foi uma partida muito amarrada. Intensa, mas com falta de espaços e, consequentemente, sem um número muito avultado de lances de perigo.