Empate na Linha cozinhado em dois minutos

A 30.ª jornada da Segunda Liga arrancou com mais um empate do líder. O Estoril-Praia não foi além de uma igualdade a uma bola, na receção ao Casa Pia e, embora continue confortavelmente instalado no trono do campeonato, a verdade é que pode ver o pelotão de seguidores encurtar novamente distâncias na luta pela subida de divisão. 

Olhos nos olhos, em nome do espetáculo

O conforto pontual da classificação dá para estas coisas; limpa a cabeça e solta os pés, que foi precisamente aquilo que o Casa Pia fez na noite amena desta sexta-feira, na Amoreira. Quem contava com uma equipa visitante na expectativa e preocupada, essencialmente, com o momento defensivo, enganou-se. Quem beneficiou com esse «engano» foi o espetáculo.

Prova disso? A primeira aproximação pelo pé de Zidane Banjaqui, aos oito minutos, que Thiago conseguiu encaixar sem problemas maiores. A situação seria bem diferente, cinco minutos mais tarde, quando Jota disparou em velocidade, serviu Saviour Godwin, que depois de uma primeira receção defeituosa encontrou arte e engenho para rodar e atirar a contar. 0x1, tinha a resposta o líder.

©Estoril-Praia

E há lá melhor resposta do que «vingar» praticamente na hora? Ainda a equipa de Filipe Martins fazia contas à vantagem quando o Estoril equilibrou novamente as contas. Tinham passado dois minutos desde o golo de Godwin quando Vidigal, lançado em velocidade por Crespo, tirou dois adversários da carreira de tiro e bateu Ricardo Batista com um remate forte e colocado. 

Mais do que entretido, estava bom. E só não ficou melhor, à custa de mais golos, porque ainda dentro da primeira parte houve azar, desacerto e alguma precipitação de lado a lado. Jefferson, por exemplo, viu dois cruzamentos seguirem em direção à baliza, levando Thiago a intervenções apertadas; do outro lado, Aziz teve três finalizações perigosas, mas nenhuma virou o resultado.

Jogo perdeu qualidade

Infelizmente, a segunda parte não foi capaz de atingir o nível da primeira. A partida perdeu fluidez e virou para um registo mais quezilento. O preço a pagar foi um jogo cheio de interrupções e poucas oportunidades de perigo real. A primeira dos segundos 45 minutos chegou apenas em cima dos 70', quando Crespo tentou a sorte de meia distância, mas para os braços de Ricardo Batista.

Com esse remate veio a fase de maior pressão do Estoril, que com mais três pontos ficariam com a Primeira Liga praticamente no passaporte. Mas a narrativa do jogo passou, também, pelo ótimo comportamento defensivo do conjunto que viajou de Lisboa até à Linha; foram raros, muito raros, os momentos em que o Casa Pia concedeu tempo e espaço «importante» aos «canarinhos».