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A final da Taça da Liga Inglesa está à porta! Manchester City x Tottenham é o 'prato principal' deste domingo em Inglaterra. O clube de Guardiola procura o 'tetra' na competição, enquanto o jovem técnico Ryan Mason pretende rejuvenescer um clube que não vence qualquer troféu há 13 temporadas.
Num histórico assente no equilíbrio, o favoritismo recai para o técnico espanhol, contudo, pode existir «efeito-Mason» no clube londrino. É este domingo, pelas 16:30, que o estádio de Wembley recebe um dos jogos mais aguardados nas terras de Sua Majestade.
Frente a frente, cityzens e spurs apresentam um histórico recente que diverge de forma nítida.
A equipa de Manchester - de «barriga cheia» - arrecadou um total de 14 taças na última década, cimentando-se como um 'todo poderoso' em Inglaterra. Pelo meio, quatro títulos de campeão inglês, duas FA Cups, cinco Taças da Liga e três Supertaças de Inglaterra.
A turma de Londres, por sua vez, procura 'pescar' o último troféu que ergueu (2007/2008), sendo que, são já 13 anos 'a ver muitos navios'... O crescimento, ainda assim, é notório na esfera do futebol europeu, não obstante sem qualquer título para ostentar no museu. O Tottenham, inclusive, começou a ficar notabilizado por chegar à fase das decisões e não conseguir prevalecer. A final da Champions League em 2018/2019, ou o campeonato em 2016/2017 são os exemplos mais evidentes para explicar esta conceção de uma equipa que morre demasiadas vezes na praia. O Manchester City, pelo contrário, tem 'limpado' o máximo que pode ao nível interno, sendo que, os cityzens foram os vencedores das últimas três edições da Taça da Liga inglesa.
Por fim, o histórico entre ambos os conjuntos assenta-se no equilíbrio e na afluência de golos. Nas 163 partidas disputadas, os spurs venceram 63 e os cityzens 64 - pelo meio 36 empates - sendo que, na última década, a equipa de Pep Guardiola leva uma ligeira supremacia, com 13 vitórias contra oito do Tottenham. No que toca aos golos (rapidamente vem à cabeça um dos melhores jogos da história da Champions League) a expectativa é que haja muitos e o histórico recente abona a esse fator. Em acréscimo, apenas por uma ocasião nos últimos 15 anos não houve qualquer tento registado entre ambas as equipas, ao passo que esse jogo nos remete para o ano de 2010.
Há dois craques em dúvida para a final: Kevin De Bruyne e Harry Kane. O belga lesionou-se na derrota frente ao Chelsea, enquanto o inglês é baixa desde o último jogo com Mourinho no comando. Duas dores de cabeça que suscitam preocupações para ambos os treinadores.
Feito os alarmes, façamos agora uma espécie de antevisão:
O favorito Manchester City vem de um ciclo intermitente de vitórias nos últimos quatro jogos, coincidindo com o período mais tremido da temporada - que faz ponte com a eliminação para a Taça de Inglaterra perante o Chelsea. O sucesso defensivo nos últimos jogos não apareceu, e a eficácia no outro lado do campo comprometeu, porém, a qualidade deste City é inegável, e o plantel é rico em jogadores de classe mundial - Foden, Mahrez, Rodri, Bernardo Silva, Cancelo, entre outros - com a capacidade para decidir o jogo a qualquer momento.
Do outro lado, o Tottenham vem de um triunfo suado, mas que serviu como uma autêntica bomba de oxigénio, e terá matéria prima para poder corresponder na final (Son, Bale, Lamela, Lucas Moura são alguns exemplos). A equipa londrina deverá ainda - à semelhança dos outros jogos contra os cityzens - proteger-se no seu meio campo, e posteriormente procurar explorar o contra-ataque.
Faltavam apenas seis dias para a final entre londrinos e cityzens quando cai uma bomba nos spurs: José Mourinho é despedido do comando técnico da equipa. O duelo entre Pep Guardiola e Mourinho - que se tornou num autêntico clássico do futebol mundial - ficou assim sem efeito, e tudo se deve ao técnico português...
Sem valorizar a equipa a longo-prazo, Mourinho caiu a pique - tombos supreendentes na Liga Europa e na Taça de Inglaterra - e o sétimo lugar na Premier League acabou por ser o compêndio do fracasso. Esta temporada, a equipa londrina apenas conseguiu vencer por 29 ocasiões em 53 partidas (13 derrotas e 11 empates), com 112 tentos marcados e 59 sofridos.
O Manchester City de Pep Guardiola, por outro lado, está a viver uma temporada brilhante: campeonato muito bem encaminhado, uma final por disputar e, por fim, um percurso a roçar a perfeição na Champions League. Para além disso, o sucesso é condicente com o 'jogo jogado', o que eleva a equipa de Manchester ao topo do futebol europeu. Tudo somado são 41 vitórias em 52 jogos (cinco derrotas e seis empates) e ainda 112 golos marcados e 32 sofridos.
Apesar do favoritismo da turma de Manchester, Ryan Mason assumiu o cargo, e pretende agora aproveitar o contexto único de uma final.
Ryan Mason - substituto de Mourinho - tem uma história de contornos trágicos, mas igualmente mágicos. Com apenas 29 anos de idade, o técnico é o mais jovem de sempre a orientar uma equipa na Premier League e, agora, acarreta o compromisso de conduzir os spurs para uma conquista que já foge há mais de uma década. Sem muito tempo para empregar uma nova filosofia de jogo na equipa, Ryan Mason terá, deste modo, que dar seguimento ao trabalho do anterior técnico. Contudo, com a premissa de transmitir uma mensagem diferente ao grupo. Gareth Bale, inclusive, após a vitória contra o Southampton, elogiou o discurso de Mason e confessou a «boa conversa» do treinador ao intervalo.
Assim sendo, com pouco trabalho, mas com proximidade junto do grupo de trabalho, Mason procura quebrar o enguiço e oferecer ao clube do coração o primeiro troféu num espaço de 13 anos.
Haverá «efeito-Mason» ou os cityzens vão continuar a senda de conquistas na Taça da Liga?
1-0 | ||
Aymeric Laporte 82' |
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