É o assunto que marca indiscutivelmente os últimos dias do desporto rei: a Superliga Europeia. Anunciada à meia-noite de domingo e dada como encerrada na terça-feira da mesma semana, o presidente da La Liga, Javier Tebas, considerou que o «conceito da Superliga ficou manchado», isto depois de a maioria dos clubes fundadores ter anunciado o abandono do projeto.
«A Superliga caiu no ridículo, não sei se os clubes também, mas o conceito sim. Ficou demonstrada uma ignorância completa dos líderes sobre o que é a indústria do futebol, e sobre os adeptos», começou por afirmar o dirigente espanhol em declarações ao programa El Golazo de Gol.
Questionado sobre se a presença de Barcelona, Real Madrid e Atlético Madrid podia ser interpretada como uma «traição», o presidente da La Liga rejeitou a ideia, mas atirou: «Não me sinto traído, era algo de que já se falava há algum tempo, mas quando se faz uma coisa às escondidas significa que estás a ocultar algo que não achamos bom para ninguém».
Apesar do projeto da Superliga ter caído em terras de ninguém, Javier Tebas não o considera uma vitória pessoal, mas sim do futebol europeu: «Quem ganhou esta batalha foi o futebol espanhol e europeu. Isto não era uma batalha contra ninguém. A criação de uma Superliga era perigosíssima para a estabilidade do futebol europeu. A batalha ganhou-a o futebol, não eu».
Com pouco mais de 48 horas de vida, a Superliga Europeia contou com a participação de doze membros-fundadores entre os quais, para além dos três emblemas espanhóis: AC Milan, Arsenal, Chelsea, Inter Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham.