O futsal veio para ficar no desporto português. São pelo menos essas as conclusões do estudo elaborado Portugal Football Observatory, da FPF, sobre o crescimento do futsal em várias vertentes: número de praticantes, inscrições, competições e seleções.
Com um aumento de 14 por cento de praticantes (16 por cento no masculino e três no feminino) desde a época 2010/11, o futsal vem em franco crescimento desde há largos anos, um crescimento influenciado também pela conquista do Euro Futsal 2018.
Desde a conquista na Eslovénia, o futsal português cresceu cinco por cento no número de praticantes (cinco por cento no masculino e quatro no feminino), mas o estudo reforça que o futuro não está dependente de novas conquistas.
Para além destes dados, há ainda a ressalvar que o peso do escalão sénior no número de jogadores baixou de 40 para 30 por cento, muito devido ao aumento dos praticantes nas camadas jovens. Em 2019/20, por exemplo, 46 por cento dos clubes teve mais que três equipas jovens.
Também nas taxas de abandono há boas notícias: esta desce há 10 anos seguidos, inversamente proporcional às novas inscrições, e os questionários destacam os pontos fundamentais para esta questão melhore ainda mais: haver mais condições, mais profissionalização, mais competitividade e mais oferta.
Jorge Braz (ao jornal A Bola): «Melhorámos em muita coisa, muitas áreas e há um indicador interessante: o plantel do Europeu 2018 era mais ou menos igual em média de idades aos dos outros Europeus, mas aqueles 14 tinham mais jogos de Liga, internacionais, de Champions, de seleções jovens, volume de competição. (...) Em Portugal, às vezes, faz-se ao contrário. Primeiro temos de trabalhar num projeto para ganhar e não ao contrário. Felizmente, na Federação estamos a pensar e a trabalhar bem»
Pedro Dias (ao jornal A Bola): «Estes resultados assentam em bases sólidas, com a Federação, na última década, a criar condições para que os clubes pudessem ter um crescimento sustentado; alterações regulamentares relevantes para adequar a oferta e aumentá-la nos escalões de formação, de certa forma obrigando os clubes a fazerem esse percurso para participarem nas provas nacionais»