asa_scouting 25-04-2024, 08:44
Quando a equipa estava esgotada, Lourency avançou para mais um sprint. O avançado esteve ligado à corrente desde o apito inicial e depois de se destacar com movimentos interiores que permitiram à equipa ganhar superioridade no corredor central ainda avançou para o golo que já tinha procurado minutos antes. Sente-se bem quando joga com espaço, onde é claramente um jogador capaz de criar muito perigo.
O rei do meio-campo. Frente a Weigl e Taarabt, Pedrinho aproveitou o facto de o Gil Vicente estar com mais jogadores no meio-campo para assumir a batuta e entregar com classe aos colegas, tanto com passes curtos como com passes longos. Esteve uns meses fora, mas como é bom vê-lo de volta ao nosso campeonato.
O lateral é um dos destaques da época do Gil Vicente, pelo que dá ofensivamente e defensivamente. É um jogador agressivo, com capacidade no cruzamento e com um pulmão inesgotável, como se viu esta tarde. Enquanto os extremos faziam movimentações interiores, os laterais tinham via aberta pelo flanco e Joel Pereira aproveitou para se mostrar a quem ainda não o conhecia.
Não foi uma exibição eficaz, mas num jogo em que a equipa de Jorge Jesus pareceu sempre tão apática é justo valorizar aqueles que tentaram mexer com o jogo. O lateral foi quem deu mais nas vistas nesse aspeto desde o primeiro minuto, procurando dar verticalidade ao flanco direito e encontrar um finalizador na área para os seus cruzamentos. Tirou alguns bons, outros sem grande probabilidade de sucesso, mas o facto é que em termos ofensivos foi dos que tentou fazer mais para evitar o resultado.
Ygor Nogueira falhou no jogo anterior, mas provavelmente seria titular nesta partida, não fosse estar castigado por acumulação de amarelos. Desta forma, abriu-se a porta do onze para Rodrigão, que voltou à titularidade para assumir um papel de destaque em termos defensivos. Acabou com cãibras por ter dado tanto em campo e justificou uma possível titularidade no jogo seguinte.
O destaque aos dois homens do lado direito do Benfica não é por acaso. A parceria Diogo Gonçalves - Rafa está bem oleada e apesar de não ter sido um dia particularmente inspirado, os dois têm o mérito de procurar os caminhos da baliza adversária de forma objetiva, algo que faltou aos encarnados.
Depois de um dos melhores jogos desde que chegou ao Benfica, o suíço voltou a ter uma daquelas noites para esquecer, com várias oportunidades desperdiças que podiam ter deixado os encarnados noutra posição. Não foi sempre bem servido, mas a verdade é que as bolas de golo estiveram nos pés de Seferovic e, desta vez, o suíço falhou.
1-2 | ||
Antoine Léautey 35' Lourency 81' Vitor Carvalho 87' (p.b.) |