Ricardo Sousa foi, esta sexta-feira, apresentado como o substituto de Filipe Cândido - que pediu demissão - no comando técnico do Mafra e falou dos vários desafios pela qual teve que passar em divisões inferiores nos últimos anos para conseguir chegar, agora, à Segunda Liga.
«Foi com uma alegria imensa que recebi este convite e nem sequer hesitei. Chegámos a acordo sem sequer falarmos em números. Foi logo um sim direto pelo clube que o Mafra é, pelo que cresceu até aqui e quer continuar a crescer. É um projeto de estabilidade cimentado no trabalho desta direção e é para mim uma grande honra fazer parte de um clube tão estável como este», começou por dizer o técnico de 42 anos, na sua conferência de imprensa de apresentação.
«Estou aqui de corpo e alma e acredito que vamos ser felizes. Da minha parte, gostava de fazer parte da história do Mafra durante algum tempo, subindo degraus com este emblema ao peito. Chegar à Liga SABSEG é um patamar que consigo subir, mas depois de cinco anos de sacrifício. Preferi crescer na dificuldade para conseguir cá chegar. Passei dificuldades nalguns clubes, mas isso deu-me estofo para agarrar esta oportunidade com unhas e dentes. Eu quero muito esta oportunidade e a minha força de trabalho e de vontade vão fazer este projeto crescer», acrescentou.
O antigo treinador do Beira-Mar garantiu ainda que o foco agora está em recuperar psicologicamente o plantel: «Não tenho uma varinha mágica que permita mudar tudo de um dia para o outro. O tempo é curto para preparar o primeiro jogo, mas o grupo tem muita qualidade, demonstrou-a nas primeiras jornadas. O fator psicológico está a pesar, estão a bloquear em alguns momentos e isso não os deixa dar 100%. A minha função é começar por gerir este fator psicológico, e depois temos de ser pragmáticos, jogar bem sem perder agressividade e objetividade, mandar no jogo com e sem bola. É isso que vou pedir aos jogadores».
Depois de uma vasta carreira enquanto jogador, Ricardo Sousa iniciou a sua carreira de treinador em 2015. Desde aí passou por vários emblemas do Campeonato de Portugal, nomeadamente a Sanjoanense, Lusitano VRSA, Anadia, Felgueiras 1932 e, mais recente, o Beira-Mar.