Ainda não foi desta que Portugal conseguiu vencer a Rússia (0x1). A seleção portuguesa atrasou-se, esta sexta-feira, na caminhada rumo ao Campeonato da Europa do próximo ano, ao perder o encontro da 1.ª mão do 'play-off' de acesso ao Euro. Está difícil, não há como negar isso, mas não é, de todo, impossível. Sobretudo por aquilo que se viu no Estádio do Restelo.
Sete derrotas em sete jogos. Algumas posições abaixo no ranking. O cenário à partida para o oitavo duelo entre Portugal e Rússia era muito desfavorável às comandadas de Francisco Neto. No entanto, Portugal já nos tem habituado, até aos mais céticos, que os números são o que são, números, e que dentro das quatro linhas tudo é possível. Mesmo contra todos as probabilidades.
Os primeiros 30 minutos foram muito isto. A seleção lusa muito por cima, só que faltou algum critério no último terço, onde Carolina Mendes, por exemplo, teve (quase) tudo para abrir o marcador, aos 43 minutos, mas falhou redondamente o remate na cara do golo. Antes disso já Cláudia Neto, de livre, e Tatiana Pinto tinham tentado a sua sorte, e obrigado mesmo Todua a defesa apertada.
Com o aproximar do intervalo, Portugal baixou ligeiramente o ritmo, mas deixou a ideia clara de que, com a mesma atitude, claro, era possível chegar ao tão desejado golo no segundo tempo.
Aquilo que esteve tão longe, mas tão longe de acontecer ao longo dos primeiros 45 minutos, aconteceu praticamente no arranque da segunda metade. O golo da Rússia, pois claro. Fedorova cruzou na direção da baliza portuguesa e Patrícia Morais evitou o golo num primeiro momento, mas achou que a bola tinha saído do campo e foi nesse momento que apareceu Nelli Korovkina para finalizar de cabeça.
Francisco Neto respondeu quase de imediato com a entrada de Ana Capeta para o lugar de Carolina Mendes, mais tarde voltou a mexer no ataque, com Telma Encarnação e a estreante Ana Dias, mas sem efeitos práticos, entenda-se, o golo, que pelo menos levasse a eliminatória empatada para o encontro da segunda mão, marcado para a próxima semana, no dia 13, em Moscovo.
Contas feitas, a qualificação para o Campeonato da Europa, para a segunda presença da história numa fase final, está mais difícil, mas não está impossível. Até porque tudo é impossível até acontecer.
O histórico de confronto não era nada favorável (sete derrotas em sete jogos), o ranking apontava para alguma superioridade da Rússia, mas aquilo a que se assistiu no Restelo foi bem diferente. Portugal praticou um excelente futebol e mostrou que não é nada inferior à seleção russa. Pena o resultado...
A guarda-redes do Sporting ainda defendeu o cruzamento/remate de Marina Fedorova para a barra, mas depois perdeu completamente a noção da bola e acabou traída... Um erro que mancha a boa prestação da equipa de Francisco Neto.
Arbitragem positiva da suíça Esther Staubli. Bem no critério disciplinar e na análise dos principais lances do encontro.