Federação espanhola abre processo a jogador do Cádiz por alegado insulto racista

A Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) anunciou, esta quarta-feira, que foi aberto um processo disciplinar a Juan Cala, jogador do Cádiz, para «esclarecer» se este proferiu, ou não, insultos racistas para com Mouctar Diakhaby, jogador do Valência, na partida entre as duas equipas, disputada no último fim de semana.

«É imprescindível atuar com firmeza em relação a qualquer ação, manifestação ou declaração suscetível de violência, racismo, xenofobia ou intolerância no futebol. Por essa razão, foi aberto um processo disciplinar extraordinário a Juan Cala, para esclarecer a natureza e o alcance dos factos, para depois ser ou não aplicada uma sanção», pode ler-se no comunicado oficial do Comité de Competição da RFEF.

Segundo o mesmo organismo, esta abertura de processo disciplinar surge após ter recebido uma carta do diretor de Integridade e Segurança da RFEF e outra do Valência, onde estes consideravam que existiram insultos racistas da parte de Juan Cala e que, devido á sua gravidade, o jogador deve ser devidamente castigado.

Desta forma, a RFEF vai, assim, estudar o caso em questão, para averiguar se existiram, ou não, insultos racistas da parte do defesa do Cádiz para com o seu colega de profissão e jogador do Valência. O caso sucedeu no último domingo, 4 de abril, quando o central francês foi alegadamente alvo de insultos racistas da parte de Juan Cala, levando o Valência a abandonar, temporariamente, o terreno de jogo (o Cádiz venceria por 2x1).

Mais tarde, face ao sucedido, o clube valenciano pediu a abertura de uma investigação do caso, algo que se confirma agora e os dois jogadores comentaram o sucedido. Diakhaby esclareceu o insulto da qual foi alvo, enquanto Juan Cala negou as acusações, havendo duas versões bastante distintas da história.